Cartazes retratam famosas com hematomas em ação contra violência de gênero

Michelle Obama, Angela Merkel e Hillary Clinton são algumas das personalidades retratadas por AleXsandro Palombo em campanha na Itália

Campanha do artista AleXsandro Palombo na Itália retrata personalidades globais com hematomas. Da esquerda superior para a direita: Aung San Suu Kyi, Angela Merkel, Alexandria Ocasio-Cortez, Brigitte Macron, Michelle Obama, Hillary Clinton e Sonia Gandhi - Foto: Miguel MEDINA/AFP

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Os rostos com hematomas e  inchados da chanceler alemã Angela Merkel e da ex-primeira-dama americana Michelle Obama ilustram cartazes de uma campanha que denuncia a violência contra as mulheres na Itália. As montagens criadas pelo artista italiano AleXsandro Palombo estão espalhadas pelas ruas de Milão e são acompanhadas do título “Só porque sou uma mulher”.

Também ilustram a campanha a primeira-dama francesa, Brigitte Macron, a ex-candidata à Presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton e a congressista democrata americana Alexandria Ocasio-Cortez, todas “desfiguradas” digitalmente. Outras líderes como a birmanesa Aung San Suu Kyi e a indiana Sonia Gandhi, principal líder da oposição na Índia, foram incluídas na ação.

“Queria ilustrar o drama que afeta milhões de mulheres em todo o mundo … denuncie, desperte a consciência e obtenha uma resposta real de instituições e políticas”, informou o artista através de um comunicado.

Em cada cartaz, abaixo da imagem dos rostos agredidos, há um texto sobre a situação de milhares de mulheres em todo o mundo, de todos os níveis sociais e de todas religiões. “Sou vítima de violência doméstica, recebo salário menor que os outros, sofri mutilações, não tenho o direito de me vestir como quero, não posso escolher com quem me casar, fui estuprada”, diz a campanha.

Para AleXsandro Palombo, 45, conhecido por suas obras coloridas e irreverentes, a arte é um meio de aumentar a conscientização e provocar reflexões sobre importantes questões sociais e culturais. Entre seus trabalhos mais conhecidos estão “Princesas da Disney com deficiência” ou “Os Simpsons vão para Auschwitz”.

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