Diversidade

Brasileiras se unem ao Women’s March

Brasileiras terão papel de destaque na marcha em Washington, afirma organização

Brasileiras se unem ao Women’s March
Brasileiras se unem ao Women’s March
(Foto: Getty Images/ Mario Tama)
Apoie Siga-nos no

Washington, Nova York e diversas cidades dos Estados Unidos serão palco neste sábado(19) da terceira Women’s March, que nos últimos anos se tornou a principal manifestação de mulheres norte-americanas em defesa dos direitos humanos e em oposição ao governo de Donald Trump.

O Brasil terá significativa participação este ano. OS grupos brasileiros ” Mulheres da Resistencia no Exterior “, Defend Democracy in Brazil Committee”  juntamente com a Banda de percussão ” Fogo Azul”, (formada somente por mulheres, com muitas brasileirada.) terão papel de destaque saindo a frente da marcha e puxando os participantes.

Além de marchar em solidariedade as causas das americanas, o grupo de brasileiras no Estados Unidos afirmam que vão denunciar “as perseguição as imigrantes latinas e a perda de direitos e o ataques aos direitos humanos de todas as mulheres brasileiras perpetradas abertamente pelo governo Bolsonaro”, afirma a organização.

A Women’s March foi criado em 2017 em oposição ao governo de Donald Trump, o ocorreu um dia após o presidente tomar posse do cargo, no dia 21 de janeiro daquele ano. Na ocasião elas enfatizaram o dever do estado com a promoção dos direitos da mulher, reformas na imigração, direitos LGBT, das mulheres negras. Eventos irmãos ocorreram em cidades ao redor do mundo.

Marchas ocorreram em todo o mundo, com 408 marchas relatadas nos EUA e 168 em outros países. Nos Estados Unidos a marcha atraiu milhares de pessoas apenas em Washington, D.C., e em outras localidades de 2,9 a 4,2 milhões em cidades de todo o país, sendo considerado um dos maiores protestos em um único dia da história dos Estados Unidos.

A imprensa local aposta que o Women’s March deverá ser menor no que nos dois anos anteriores. Diversas entidades que ajudaram a promover a primeira marcha, que marcou o início da resistência contra Donald Trump, se retiraram este ano, e há relatos de rachas internos da organização.

Em 2017 o movimento pressagiou a chegada do poderoso movimento #MeToo, que reformularia a cultura em torno do tratamento das mulheres no trabalho nos Estados Unidos.

Manifestação no Brasil

No Brasil as mulheres que apoiam a marcha norte-americana irão se reunir a partir das 15h no Vão Livre do Masp, em São Paulo. Elas elegeram como eixos centrais de suas reivindicações a segurança, proteção e direitos assegurados aos povos indígenas, mudanças na legislação que versa sobre o femincídio, revogação do decreto que prevê a posse de armas, funcionamento 24 horas das Delegacias da Mulher, e a centralidade das políticas públicas nos direitos humanos.

Dia Sem Mulher

A organização do evento afirma que a manifestação deve ser uma preparação para 8 de março, Dia Internacional da Mulher, e para o movimento Dia Sem Mulher, puxado por feministas dos Estados Unidos e que articula um dia de “greve geral” de todas as atividades, seja no trabalho formal ou doméstico.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo