Diversidade

Amazon deixa de vender livros sobre terapia de cura gay

A gigante do e-commerce afirma ‘zelar pela variedade do cardápio literário, mas materiais que julgue inadequados podem ficar de fora’

Amazon deixa de vender livros sobre terapia de cura gay
Amazon deixa de vender livros sobre terapia de cura gay
Apoie Siga-nos no

A Amazon, gigante do comércio online, retirou de sua plataforma livros sobre terapias de cura gay. Obras como Healing Homosexuality: Case Stories of Reparative Therapy (Curando a Homossexualidade: histórias de casos de terapia reparativa), e A Parent’s Guide to Preventing Homosexuality (Um guia parental para prevenir a homossexualidade), do psicólogo Joseph Nicolosi, não estão mais disponíveis no site.

Nicolosi, que morreu em 2017, era presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Terapia da Homossexualidade, nos EUA. Ele defendia que as pessoas nasciam naturalmente heterossexuais mas que poderiam se tornar homossexuais por traumas na infância. Citava como razões para isso mães dominadoras e pais ausentes.

A decisão da empresa em banir do catálogo livros sobre terapias de reversão da orientação sexual está expressa no próprio site da Amazon. Em nota, a gigante do e-commerce afirma “zelar pela variedade do cardápio literário, mas materiais que julgue inadequados podem ficar de fora”.

Nos Estados Unidos, a medida gerou insatisfação entre grupos conservadores. Um deles, o Voice of the Voiceless (voz dos sem voz) criou uma petição na página da plataforma Change.org que tinha, até quinta-feira 12, mais de 19 mil assinaturas. A meta é chegar a 25 mil.

STF proibiu ‘cura gay’ no Brasil

Em abril, a ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia concedeu uma liminar proibindo a terapia de reversão sexual, popularmente conhecida como “cura gay”.

A decisão revalidou o entendimento do Conselho Federal de Psicologia que proíbe, desde 1999, psicólogos a oferecerem serviços que proponham o tratamento da homossexualidade.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) deixou de classificar a homossexualidade como doença e a retirou da Classificação Internacional de Doenças (CID) em 1990.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo