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Brasil mira integração sul-americana e fortalecimento dos laços com a China. O que muda?

Parceria com os chineses avança com projetos logísticos, nova rota para o Pacífico e aposta estratégica no reposicionamento do eixo econômico global

Brasil mira integração sul-americana e fortalecimento dos laços com a China. O que muda?
Brasil mira integração sul-americana e fortalecimento dos laços com a China. O que muda?
Com Xi Jinping e Lula, as relações Brasil–China ganharam novo impulso – Imagem: Ricardo Stuckert/PR
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O governo Lula vem consolidando uma reaproximação estratégica com a China, reforçada por acordos comerciais, investimentos robustos e um projeto ambicioso de integração regional: as Rotas de Integração Sul-Americana. A iniciativa, liderada pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, tem como objetivo facilitar o comércio com a Ásia, encurtando distâncias e reduzindo custos logísticos por meio do acesso ao Oceano Pacífico.

Ao retornar de Pequim, Lula trouxe na bagage 27 bilhões de reais em investimentos e a sinalização de interesse chinês na construção de uma ferrovia transversal no Brasil — proposta que pode transformar o mapa econômico nacional e estreitar ainda mais os laços com o maior parceiro comercial do País. A ministra Tebet tem atuado como principal articuladora regional, já tendo visitado quase todos os países da América do Sul para debater o projeto, que inclui 190 obras de infraestrutura com previsão de conclusão até 2027.

O plano visa não apenas fortalecer o intercâmbio comercial, mas também promover integração econômica, social e cultural. A aposta é clara: reposicionar o Brasil no tabuleiro geopolítico internacional, mirando o crescimento asiático, sobretudo da China e da Índia, onde se concentra a maior parte da população mundial.

Embora promissor, o projeto enfrenta obstáculos. Especialistas apontam desafios de governança, dificuldades técnicas e o delicado equilíbrio geopolítico, marcado pela disputa de influência entre China e Estados Unidos na América Latina. Ainda assim, o governo aposta na parceria como essencial para o desenvolvimento sustentável do País.

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