Walter Benjamin e Ibiza. Vista de hoje, a associação causa certa perplexidade. Afinal de contas, nada mais distante da vida cheia de adversidades do intelectual alemão do que a luxuosidade com a qual, mais tarde, a ilha espanhola seria identificada.
Mas a Ibiza do início dos anos 1930 em nada se parecia com o atual refúgio das elites europeias. Ao contrário. Recanto relativamente isolado, a ilha que se apresentou a Benjamin era um lugar que resistia à modernidade: o novo, incipiente, convivia com o antigo que continuava a se reproduzir. E foi justamente isso que o fascinou em suas duas estadas por lá, como se pode ver em Experiência e Pobreza: Walter Benjamin em Ibiza, 1932-1933, de Vicente Valero.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login