A parceria entre cinema e música brasileiros desde sempre deu samba. As estreias de filmes que visitam o cancioneiro de Lupicínio Rodrigues, Adoniran Barbosa, do coletivo Clube da Esquina e de Luiz Melodia trazem mais que memórias de outros tempos. O próprio País está refletido nestas histórias que indicam que, há não muito tempo, éramos uma terra habitada por gente gentil.
A concentração de lançamentos com perfis parecidos não chega a ser novidade. Nos anos 2000, as boas bilheterias das cinebiografias Cazuza – O Tempo Não Para (2004) e 2 Filhos de Francisco (2005) definiram um modelo. Desde então, a produção de documentários, gênero que demanda menor orçamento que as ficções, frutificou. Narrar a vida e a obra de grandes e pequenas estrelas da música contornava as dificuldades de se conceber e desenvolver boas histórias originais. Além disso, personagens conhecidos facilitam a tarefa de atrair público.
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