Cultura
Uma viagem no tempo com o Chico
Um show do Chico é como uma Copa do Mundo. Uma Olimpíada. Acontece de quatro em quatro anos, ou seja, se eu perdesse esse, só em 2016
Eu sei que deveria estar mais presente neste site, aliás o único que merece ser levado à sério na internet. Pelo menos aqueles três ou quatro leitores devem ter sentido minha ausência. Mas eu confesso: faltavam-me condições emocionais.
Eu estava sob os efeitos de uma viagem no tempo. Tomar um avião e descer, duas horas depois, numa determinada cidade é uma coisa.
Viajar no tempo é outra, muito mais carregada de lembranças, recordações que nem sempre são alegres. Às vezes, no entanto, nos enchem a alma.
Como foi o caso. Fui ao Rio de Janeiro assistir à abertura da temporada – ou da turnê – Chico.
É assim mesmo: turnê Chico.
Precisa dizer mais? Turnê Chico diz tudo.
Imagine quem estava lá! Imaginou?
Claro que o Chico estava lá, senão não podia se chamar turnê Chico.
Estava lá o Miéle, rapaz…O bom e velho Miéle que me explicou: “Um show do Chico é como uma Copa do Mundo. Uma Olimpíada. Acontece de quatro em quatro anos.”
Ou seja, se eu perdesse esse, só daqui a quatro anos…isto é, em 2016.
Ainda bem que eu fui.
No próximo não sei não.
O Chico vai estar com setenta e cacetada.
Eu, por outro lado, daqui a quatro anos, estarei com 76 para 77 aninhos.
Lépido e fagueiro. Pelo menos “I hope so” , como se diz em bom inglês.
A minha vizinha de platéia, com quem entabolei conversações antes do show, comentou comigo:
“Eu tenho 44 anos e é a segunda vez que venho assistir um show dele. A primeira vez foi há 17 anos no Canecão”.
Olhando bem para a cara dela eu fico imaginando que com mais duas plásticas ela consiga estar presente no show de 2016.
Who knows? Como se diz em english.
Mas a surpresa maior, que me trouxe ao mesmo tempo lágrimas nos olhos e a sensação de já estar do outro lado, no Nosso Lar definitivo, foi topar com o Oscar Niemeyer na plateia.
Esse eu acho que se agüenta até 2016…
Afinal depois que você passa dos 100 tudo fica mais fácil. É ladeira abaixo.
Chico esteve impecável durante o show.
Aqui muito entre nós, a operação de catarata dele ficou perfeita.
Os olhos continuam azuizinhos como sempre foram.
Nem se intimidou quando o som falhou. Pegou o microfone, aproximou-se da platéia e deixou que ela cantasse por ele.
Emocionante… emocionante…
O público todo cantando e ele firme lá, segurando o microfone.
E sem tremer as mãos.
Enfim, eu me desculpo de não ter escrito antes sobre as emoções que vivi. E foram tantas…
Eu já fui a show da Jovem Guarda, da Velha Guarda, da Média Guarda.
Não podia perder esse show da Velhíssima Guarda.
Aliás, por precaução, já reservei meu lugar para a turnê Chico de 2016.
Aliás, acabo de ter uma idéia do peru (como se dizia antigamente).
O ano de 2016 é o ano da Olimpíada no Brasil.
Que tal se o Comitê Olímpico já acertasse com o Chico para ele cantar o Hino Nacional na festa de abertura?
Seria o máximo! Se não der, a gente se vira mesmo com o Roberto Carlos, que está na mesma faixa etária.
Eu sei que deveria estar mais presente neste site, aliás o único que merece ser levado à sério na internet. Pelo menos aqueles três ou quatro leitores devem ter sentido minha ausência. Mas eu confesso: faltavam-me condições emocionais.
Eu estava sob os efeitos de uma viagem no tempo. Tomar um avião e descer, duas horas depois, numa determinada cidade é uma coisa.
Viajar no tempo é outra, muito mais carregada de lembranças, recordações que nem sempre são alegres. Às vezes, no entanto, nos enchem a alma.
Como foi o caso. Fui ao Rio de Janeiro assistir à abertura da temporada – ou da turnê – Chico.
É assim mesmo: turnê Chico.
Precisa dizer mais? Turnê Chico diz tudo.
Imagine quem estava lá! Imaginou?
Claro que o Chico estava lá, senão não podia se chamar turnê Chico.
Estava lá o Miéle, rapaz…O bom e velho Miéle que me explicou: “Um show do Chico é como uma Copa do Mundo. Uma Olimpíada. Acontece de quatro em quatro anos.”
Ou seja, se eu perdesse esse, só daqui a quatro anos…isto é, em 2016.
Ainda bem que eu fui.
No próximo não sei não.
O Chico vai estar com setenta e cacetada.
Eu, por outro lado, daqui a quatro anos, estarei com 76 para 77 aninhos.
Lépido e fagueiro. Pelo menos “I hope so” , como se diz em bom inglês.
A minha vizinha de platéia, com quem entabolei conversações antes do show, comentou comigo:
“Eu tenho 44 anos e é a segunda vez que venho assistir um show dele. A primeira vez foi há 17 anos no Canecão”.
Olhando bem para a cara dela eu fico imaginando que com mais duas plásticas ela consiga estar presente no show de 2016.
Who knows? Como se diz em english.
Mas a surpresa maior, que me trouxe ao mesmo tempo lágrimas nos olhos e a sensação de já estar do outro lado, no Nosso Lar definitivo, foi topar com o Oscar Niemeyer na plateia.
Esse eu acho que se agüenta até 2016…
Afinal depois que você passa dos 100 tudo fica mais fácil. É ladeira abaixo.
Chico esteve impecável durante o show.
Aqui muito entre nós, a operação de catarata dele ficou perfeita.
Os olhos continuam azuizinhos como sempre foram.
Nem se intimidou quando o som falhou. Pegou o microfone, aproximou-se da platéia e deixou que ela cantasse por ele.
Emocionante… emocionante…
O público todo cantando e ele firme lá, segurando o microfone.
E sem tremer as mãos.
Enfim, eu me desculpo de não ter escrito antes sobre as emoções que vivi. E foram tantas…
Eu já fui a show da Jovem Guarda, da Velha Guarda, da Média Guarda.
Não podia perder esse show da Velhíssima Guarda.
Aliás, por precaução, já reservei meu lugar para a turnê Chico de 2016.
Aliás, acabo de ter uma idéia do peru (como se dizia antigamente).
O ano de 2016 é o ano da Olimpíada no Brasil.
Que tal se o Comitê Olímpico já acertasse com o Chico para ele cantar o Hino Nacional na festa de abertura?
Seria o máximo! Se não der, a gente se vira mesmo com o Roberto Carlos, que está na mesma faixa etária.
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