Cultura

Trunfos da nova erudição

Na oferta cada vez mais generosa de assinaturas de temporadas musicais eruditas, em especial de orquestras nacionais, a centenária Sociedade de Cultura Artística anuncia para 2013 trunfos capazes de fisgar de neófitos a conhecedores

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por Alvaro Machado

Temporada Cultura Artística 2013


Em São Paulo

Na oferta cada vez mais generosa de assinaturas de temporadas musicais eruditas, em especial de orquestras nacionais, a centenária Sociedade de Cultura Artística anuncia para 2013 trunfos capazes de fisgar de neófitos a conhecedores. A crise europeia tornou mais razoáveis cachês de pop stars como Joshua Bell (violino, em agosto) e Yo-Yo Ma (violoncelo, maio), opções que, mesmo para melômanos, podem transformar duas horas da vida num autêntico elísio.

Os iniciados podem eleger junho como ponto alto, quando chegam os mais de cem virtuoses reunidos sob o emblema da Orquestra Real do Concertgebouw, sob a batuta do letão Mariss Jansons. Não há, no planeta, cordas de Mahler como essas, que farão soar aqui a Primeira do compositor boêmio. Também sem termos de comparação são as interpretações da Sinfônica Finlandesa de Lahti para Sibelius (outubro). Para abrir a sequência de dez programas, que inclui nomes míticos da música de câmera e dois pianistas russos, a arrebatadora Sinfônica de Montreal oferece, em abril, dois programas de acento romântico, sob regência do californiano Kent Nagano. Propostas de novas assinaturas para a temporada serão recebidas a partir de 5 de fevereiro (detalhes e programação completa em www.culturaartistica.com.br).

A Sala São Paulo continua a sediar os concertos, até a provável abertura, em 2016, do novo teatro da sociedade, após o incêndio que destruiu, em 2008, seu prédio da Rua Nestor Pestana. Para que isso aconteça, ainda falta arrecadar um patrocínio de 60 milhões de reais, para juntar aos 30 milhões já amealhados sob o comando do livreiro Pedro Herz, presidente da instituição desde 2010. Atrás do gigantesco mosaico Alegoria das Artes, de mais


de 1 milhão de pastilhas de vidro, assinado por Di Cavalcanti (já restaurado), há apenas o terreno limpo para que suba um projeto do escritório Paulo Bruna, herdeiro de Rino Levi (1901-1965), arquiteto do edifício desaparecido.

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