Cultura
Ritmo de aventura
Mostra reúne filmes de Roberto Farias
Os múltiplos olhares de Roberto Farias
Centro Cultural Banco do Brasil
Rio de Janeiro, 7 a 26 de agosto
Tão significativo quanto investigar os fatores que fazem de Assalto ao Trem Pagador (1962) e Selva Trágica (1964) filmes referenciais para a compreensão do momento de um país e a experiência de cinema que dela se subtrai é situá-los numa peculiar trajetória de realização. Roberto Farias vinha do cinema popular dos anos 1950 quando os dirigiu, aquele da chanchada. Mas também de um filme mais elaborado, o policial Cidade Ameaçada (1959).
Não titubearia, contudo, em assinalar nos mesmos anos 1960 o apelo da aventura na trilogia com Roberto Carlos. Rever e discutir essa versatilidade é proposta do ciclo dedicado ao cineasta fluminense, aos 80 anos, no Centro Cultural Banco do Brasil carioca, a partir de terça 7, e em setembro no CCBB paulista e na Cinemateca Brasileira.
Estão todos lá, de Rico Ri à Toa, a estreia em 1957, a filmes marcantes da passagem da ditadura para a abertura como Pra Frente, Brasil (1981). Também outros tantos que produziu, incluso títulos do irmão Reginaldo Faria. Porque Farias, líder de um clã cinematográfico, sobrevive com o seu cinema, múltiplo profissional que montou produtoras importantes como a DiFilm e a Ipanema e disposto à política do meio, seja como diretor da Embrafilme ou articulador. Não chega a ser espantoso que tenha seguido sem conformismo a realidades inóspitas no ofício de sua percepção de um bom cinema, fosse autoral e soturno em Selva Trágica (1963) ou sintonizado com a diversão em Os Trapalhões no Auto da Compadecida (1987).
Os múltiplos olhares de Roberto Farias
Centro Cultural Banco do Brasil
Rio de Janeiro, 7 a 26 de agosto
Tão significativo quanto investigar os fatores que fazem de Assalto ao Trem Pagador (1962) e Selva Trágica (1964) filmes referenciais para a compreensão do momento de um país e a experiência de cinema que dela se subtrai é situá-los numa peculiar trajetória de realização. Roberto Farias vinha do cinema popular dos anos 1950 quando os dirigiu, aquele da chanchada. Mas também de um filme mais elaborado, o policial Cidade Ameaçada (1959).
Não titubearia, contudo, em assinalar nos mesmos anos 1960 o apelo da aventura na trilogia com Roberto Carlos. Rever e discutir essa versatilidade é proposta do ciclo dedicado ao cineasta fluminense, aos 80 anos, no Centro Cultural Banco do Brasil carioca, a partir de terça 7, e em setembro no CCBB paulista e na Cinemateca Brasileira.
Estão todos lá, de Rico Ri à Toa, a estreia em 1957, a filmes marcantes da passagem da ditadura para a abertura como Pra Frente, Brasil (1981). Também outros tantos que produziu, incluso títulos do irmão Reginaldo Faria. Porque Farias, líder de um clã cinematográfico, sobrevive com o seu cinema, múltiplo profissional que montou produtoras importantes como a DiFilm e a Ipanema e disposto à política do meio, seja como diretor da Embrafilme ou articulador. Não chega a ser espantoso que tenha seguido sem conformismo a realidades inóspitas no ofício de sua percepção de um bom cinema, fosse autoral e soturno em Selva Trágica (1963) ou sintonizado com a diversão em Os Trapalhões no Auto da Compadecida (1987).
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