Cultura

Regina Duarte sobre ausência de homenagens a nomes da cultura: “Eu abro um obituário”

A cultura perdeu figuras como o compositor Aldir Blanc, o escritor Rubem Fonseca, o cantor Moraes Moreira e o ator Flávio Migliaccio

A ex-secretária Especial da Cultura, Regina Duarte (Foto: Marcos Corrêa / PR)
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Em entrevista à CNN nesta quinta-feira 7, a atriz Regina Duarte, à frente da Secretaria Especial de Cultura, declarou que a pasta não fez homenagens aos artistas brasileiros mortos durante a pandemia do coronavírus senão a pasta viraria um obituário. “Essas pessoas estão fazendo falta, sentiremos falta delas, mas acho que se eu estiver sendo cobrada significativamente por uma população que quer ser informada de cada óbito, eu abro um obituário”, declarou.

Na segunda-feira 4, o compositor e escritor brasileiro Aldir Blanc morreu aos 73 anos vítima da Covid-19. A cultura também perdeu nomes como do escritor Rubem Fonseca, o escritor Luiz Alfredo Garcia Roza, o músico Moraes Moreira e o ator Flávio Migliaccio.

Durante a entrevista, Regina Duarte afastou a possibilidade de uma possível demissão, afirmou que se mantem no cargo, e assumiu dificuldades no cargo. “Tenho tido muitas dificuldades técnicas e burocráticas de gestão, falo isso com humildade. Estou aprendendo muito”, declarou. Ainda emendou que a cobrança que recai sobre si é muito pesada.

“Pessoas à frente de cargos de gestão tem 100 dias para apresentar propostas, comecei a ser cobrada com 30”, declarou.

Ao término da entrevista, a secretária foi colocada diante um vídeo da atriz Maitê Proença, enviado à emissora, questionando a sua falta de diálogo com a categoria de artistas brasileiros, que vêm encontrando dificuldades de se manter em meio à pandemia. Visivelmente irritada, Regina Duarte disse que não comentaria as críticas da atriz. “Como assim entrar pessoas no meio da entrevista? Desenterrar mortos? Achei que a entrevista era com você”, se dirigindo ao repórter Daniel Adjuto, que estava em link ao vivo com os apresentadores.

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