Machado de Assis é um enigma. Analista profundo da condição humana, para uns, romancista entranhado nos assuntos brasileiros, para outros, o escritor carioca desperta interpretações distintas, a depender das motivações do leitor.
Talvez porque, como sabem todos, Machado quase nunca tenha percorrido os caminhos mais óbvios. Mesmo os que pregam o seu caráter universal reconhecem seu enquadramento nacional. De outro lado, os que sustentam o seu realismo brasileiro admitem que, para chegar a tanto, ele precisou lançar mão – sobretudo em sua última fase – de artifícios formais à época pouco frequentes na literatura do País.
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