Cultura

Rainha do samba junino, trans Pokett Nery tem vida retratada em curta

Documentário recém-lançado conta a história de uma das dançarinas mais conhecidas da tradição junina da capital baiana

Rainha do samba junino, trans Pokett Nery tem vida retratada em curta
Rainha do samba junino, trans Pokett Nery tem vida retratada em curta
Foto: Divulgação
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Patrimônio Cultural Imaterial de Salvador, o samba junino, promovido em alguns bairros tradicionais nesta época do ano na capital baiana, tem a levada do samba duro como o principal ritmo do festejo. E uma das principais protagonistas desse acontecimento é a dançarina trans Pokett Nery.

Ela tem agora sua trajetória contada no curta-metragem (25 min) Pokett Nery – Rainha do Samba Junino, com produção da Obá Cacauê e viabilizado pela Lei Aldir Blanc. No documentário, a dançarina conta a sua vida de luta, mostra os preparativos para participar como destaque no samba junino e fala de sua relação com a manifestação popular.

Pokett Nery convive com o universo LGBTQIA+ e isso é também retratado no curta-metragem disponível no Youtube. Moradora de uma das comunidades da região central de Salvador, ela tornou-se uma referência na cidade como dançarina do samba duro, o ritmo com percussão, violão e batida na palma da mão representado no samba junino, que é uma manifestação popular soteropolitana surgida há cerca de 50 anos, vinculada aos bairros mais antigos da cidade.

A origem do samba junino tem ligação com a religiosidade de Salvador, notadamente as casas de candomblé, onde no seu entorno a festividade surgiu. A manifestação se realiza entre a Semana Santa e o início de julho.

O samba duro, ritmo do samba junino, é um derivado do secular samba de roda do Recôncavo Baiano. O gênero musical (samba duro) é considerado uma das matrizes sonoras do que se convencionou chamar genericamente de axé music.

O documentário de Pokett Nery tem relevância por mostrar a confluência da diversidade com as raízes musicais. Apresentar (e valorizar) personagens que vivenciam as tradições, independente do gênero, contrapõe à cultura massificada.

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