Proibição de biografias é porta para censura, dizem internautas

Para a maioria dos leitores, artistas como Chico Buarque e Roberto Carlos estão equivocados ao tentar barrar a publicação de obras não-autorizadas

Apoie Siga-nos no

O site de CartaCapital perguntou: o que você acha da campanha de artistas como Roberto Carlos e Chico Buarque para barrar a publicação de biografias não-autorizadas no Brasil? Entre os dias 18 e 25 de outubro, 4.918 internautas participaram da enquete.

A maioria (67%, ou 3.306 votos) disse considerar que os artistas estão equivocado. Segundo eles, para preservar suas próprias histórias, Chico e companhia poderiam abrir precedentes para a censura de publicações relevantes para o interesse público, e não apenas para os fãs.

Outros 1.612 leitores (33%) disseram que os artistas estão certos. Para eles, os biografados têm o direito de manter a sua privacidade e de questionar supostas inverdades sobre suas vidas, o que nem sempre é respeitado por autores e editoras.

O debate entre o mercado editorial e o meio artístico devido a um projeto de lei, em análise no Congresso, sobre o tema. (A votação na Câmara aconteceria durante a semana, mas foi adiada). A lei atualmente em vigor permite tirar de circulação as obras do gênero que não agradem o seus biografados, caso do livro sobre a vida e obra de Roberto Carlos.

Os artistas pedem que as biografias só sejam publicadas no País com a autorização das famílias dos biografados. Argumentam que autores e editoras lucram com a privacidade alheia sem se responsabilizar por supostas difamações. Autores e editoras, por sua vez, afirmam que a proposta dos artistas é censura e produzirá apenas textos chapa-branca.

A nova enquete está no ar. Participe!


Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.