Dirigido por Wagner Moura, o filme “Marighella” teve sua estreia cancelada pelos produtores. A cinebiografia do guerrilheiro comunista Carlos Marighella chegaria aos cinemas brasileiros em 20 de novembro, dia da Consciência Negra.
Em nota divulgada na quinta-feira 12, a produção do longa-metragem afirma que “a O2 Filmes não conseguiu cumprir a tempo todos os trâmites exigidos pela Ancine (Agência Nacional do Cinema)”.
O cancelamento ocorre após a Ancine recusar dois recursos da produtora, em agosto. No primeiro pedido, a O2 solicitava ressarcimento no valor de 1 milhão de reais investidos na realização da produção, no entanto, a agência decidiu não reembolsar.
Segundo a diretoria da Ancine, o pedido foi negado porque os recursos pelos quais a produtora pede reembolso são parte da receita já aprovada para o projeto. Não poderia haver ressarcimento, portanto, com verbas públicas.
No segundo pedido, a empresa pedia que fossem reavaliados os prazos de investimento na comercialização do filme. Além disso, propuseram que as obrigações da agência fossem cumpridas antes da assinatura do contrato de investimento na produção. Segundo o Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Indústria Audiovisual, para ter este direito, é preciso já ter o contrato.
Mas a O2 afirma que há morosidade no processo de contratação e nele a produtora apenas formulou questionamento acerca da viabilidade da obrigação de oferta ao fundo ser cumprida antes da efetiva contratação.
Estrelado por Seu Jorge, “Marighella” foi selecionado para diversos festivais internacionais, como o Festival de Berlim, onde fez sua estreia mundial, o Bari International Film Festival, na Itália, e o 66º Sydney Film Festival, na Austrália.
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