Por boas vibrações

O filme Histeria, que estreia nesta sexta 9, surpreende o telespectador ao contar de maneira leve e envolvente a invenção do vibrador

Em nome da ciência. Mortimer (Hugh Dancy) testa a novidade em Molly (Sheridan Smith)

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Histeria


Tanya Wexler

Sobre o tema a que alude o título Histeria, a partir da sexta 9 nos cinemas, não há muita necessidade de explicação. Ainda objeto de pesquisa no fim do século XIX, essa condição instável emocional tornou-se termo corrente e banal, hoje destituído como neurose. Mas para entender a expressão paroxismo histérico será preciso assistir ao filme da diretora Tanya Wexler, que, longe de adotar uma postura séria e convencional, faz do material em mãos uma bem-humorada surpresa ao espectador. Assistimos à chegada de um dos inventos mais peculiares da humanidade, quando, por volta de 1880, o médico inglês Mortimer Granville descobre o vibrador.

Ao que nos relata o filme, o diagnóstico da histeria exclusiva de mulheres acontece num desses consultórios para elas sob um método nada ortodoxo implementado pelo doutor Robert Dalrymple (Jonathan Pryce). Como nos procedimentos iniciais de um ginecologista, ele faz suas pacientes deitarem e com mãos previamente banhadas em óleos perfumados as conduz até o tal paroxismo. É nesse ambiente de um avançado consultório que surge Mortimer (Hugh Dancy), dedicado pupilo que também terá a chance com a herdeira mais nova do patrão (Felicity Jones), enquanto tenta domar a filha mais velha e insubmissa (Maggie Gyllenhaal).

A trama tanto mais se desvenda cômica por dividir com um nobre milionário e gay (um irreconhecível Rupert Everett) a inovação casual de uma engenhoca que por fim trará a luz ao jovem inventor.

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