Os griots brasileiros

Os cruéis efeitos da pandemia e do governo Bolsonaro sobre as periferias devolvem à cultura hip-hop a ferocidade

Em Sobre Viver, Criolo, conhecida figura das rinhas de MC’s da Zona Sul paulistana, homenageia a irmã morta por Covid-19 e mira em Bolsonaro - Imagem: Helder Fruteira

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Kleber Cavalcante Gomes, o Criolo, passou um bom tempo sem compor rap. Figura histórica das rinhas de MC’s da Zona Sul de São Paulo e autor dos consagrados Nó na Orelha (2011) e Convoque Seu Buda (2014), ele confessa que até era visitado por ideias e sentimentos. Mas nada se convertia em versos. “Sentia que não estavam à altura do rap. Passei por três anos de espaçamento”, diz, em entrevista a CartaCapital.

As mazelas sociais agravadas pelo governo Bolsonaro e pela pandemia puseram fim ao período de pouca inspiração. No fim de 2020, Criolo reuniu-se com a dupla de produtores Zé Gonzalez e André Laudz, do Tropkillaz, para dar início a um novo processo de criação.

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2 comentários

Ademar Amâncio 21 de junho de 2022 13h37
O rap substituiu a linguagem agressiva e contestadora do rock de antanho.
JOSE CARLOS GAMA 7 de junho de 2022 22h41
Na minha opinião os rappers brasileiro são a MPB dos anos 60 70 e 80. Evidentemente guardada as devidas proporções. Enquanto a MPB entrava via oral, o rapp vai direto na veia. Em tempo: gosto do MC Cid é bom ver...

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