Numa noite congelante de janeiro, o escritor best seller Édouard Louis está tomando um chocolate quente com rum, sentado exatamente onde quis estar na maior parte de sua vida: em uma mesa discreta no Le Select, um dos mais famosos cafés literários na margem esquerda do Sena, em Paris.
“Aqui sinto-me em casa”, diz, quando demonstro certa surpresa pelo local escolhido, pois esperava que o jovem iconoclasta de 32 anos preferisse os bares mais elegantes dos bairros da Bastilha ou do Marais. “Sei que é um café antiquado”, continua, “mas por isso gosto daqui. É como um monumento à literatura francesa. Todo mundo já esteve aqui, e escritores, editores e políticos ainda vêm, então ele também faz parte do presente. É um lugar onde posso encontrar amigos facilmente e me conectar com o mundo.”
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