O talentoso Ripley francês

Édouard Louis, nascido pobre e tornado um autor best seller, encanta e incomoda um país dividido

Humilhação e ambição. Em Mudar: Método, lançado agora no Brasil, o escritor trabalha em uma chave muito próxima àquela adotada por Jean Genet em Diário de um Ladrão – Imagem: Arnaud Delrue

Apoie Siga-nos no

Numa noite congelante de janeiro, o escritor best seller Édouard Louis está tomando um chocolate quente com rum, sentado exatamente onde quis estar na maior parte de sua vida: em uma mesa discreta no Le Select, um dos mais famosos cafés literários na margem esquerda do Sena, em Paris.

“Aqui sinto-me em casa”, diz, quando demonstro certa surpresa pelo local escolhido, pois esperava que o jovem iconoclasta de 32 anos preferisse os bares mais elegantes dos bairros da Bastilha ou do Marais. “Sei que é um café antiquado”, continua, “mas por isso gosto daqui. É como um monumento à literatura francesa. Todo mundo já esteve aqui, e escritores, editores e políticos ainda vêm, então ele também faz parte do presente. É um lugar onde posso encontrar amigos facilmente e me conectar com o mundo.”

Leia essa matéria gratuitamente

Tenha acesso a conteúdos exclusivos, faça parte da newsletter gratuita de CartaCapital, salve suas matérias e artigos favoritos para ler quando quiser e leia esta matéria na integra. Cadastre-se!

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

1 comentário

FRANCISCO EDUARDO DE CARVALHO VIOLA 16 de fevereiro de 2024 03h20
o Haiti e a frança são aqui.

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.