O sentido italiano do cantabile

Orquestra da Academia Nacional de Santa Cecília toca em maio na Sala São Paulo e terá Tchaikovsky em seu repertório

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Apenas dois concertos na série da Cultura Artística restringem a uma elite a informação sonora trazida pela Orquestra da Academia Nacional de Santa Cecília, de Roma, a principal da Itália, assim como a de cinco outras grandes a incluir o Brasil em suas rotas, neste ano. O testemunho desses parâmetros elevados não deixa de incidir, porém, sobre músicos brasileiros e atualiza parâmetros de execução para grupos locais.

A sonoridade de Santa Cecília é “única”, segundo seu regente titular há dez anos, sir Antonio Pappano, também maestro da Royal Opera House de Londres. “Embora fundada na tradição sinfônica, e não operística, ela tem um sentido italiano do cantabile que é completamente inato. Meu DNA musical comunica-se com a orquestra em nível instintivo, numa alquimia espantosa”, avalia “Tony”, nascido no condado inglês de Essex há 56 anos, de pais emigrados de Benevento (sul da Itália). Pappano diz ter aprendido “o que é se tornar um maestro e como transmitir música em gestos” com Daniel Barenboim, ao tempo em que colaborou com o maestro argentino no Festival Wagner de Bayreuth.

Orquestra da Academia Nacional de Santa Cecília. Dias 7 e 8 de maio, Sala São Paulo.

Para melhor exibir essa habilidade de cantar e de “contar uma história dramática, porém com disciplina semelhante à inglesa”, Pappano escolheu Tchaikovsky como resistência para os concertos brasileiros, com solos da jovem pianista californiana Beatrice Rana, além de peças de Verdi e Saint-Saens. “Minha orquestra romana vem do triunfo de registrar a Aída com um elenco de sonhos (2015), em um investimento importante da Warner, pois gravamos tudo em estúdio, em Roma”.

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