Cultura

O nome é Bond, James Bond

José Geraldo Couto escreve sobre a origem da franquia mais duradoura (e a segunda mais rentável) do cinema mundial

007. Este é Sean Connery, bem acompanhado
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Em 1953, quando criou um personagem inspirado em vários agentes que conhecera ao atuar na inteligência da Marinha Britânica durante a Segunda Guerra Mundial, o escritor e jornalista inglês Ian Fleming (1908-1964) não imaginava semear a franquia mais duradoura (e a segunda mais rentável) do cinema mundial, a de James Bond, o agente 007.

Desde então o agente, vivido por seis atores “oficiais” (Sean Connery, Roger Moore, George Lazenby, Timothy Dalton, Pierce Brosnan e Daniel Craig), protagonizou 23 longas-metragens – sem contar a paródia Cassino Royale (1967) – dirigidos por 15 diretores.

No primeiro filme da série, 007 Contra o Satânico Dr. No (Terence Young, 1962), o insuperável Sean Connery estabeleceu o perfil do herói: um elegante e arguto bon vivant, que não abre mão dos prazeres da vida nem quando está empenhado em salvar o mundo. No mesmo filme, Ursula Andress é o protótipo da bond girl, sexy, ambígua e perigosa. E aparecem também  os prodígios tecnológicos criados pelo agente Q, um dos atrativos da série.

Outra marca registrada é a música, criada originalmente por John Barry, glosada e reaproveitada ao longo das décadas. E as memoráveis canções- -tema: Goldfinger, From Russia With Love, Live and Let Die e tantas outras.

Surgido no auge da Guerra Fria, Bond sublima e ao mesmo tempo ironiza o medo do Ocidente diante de uma ameaça apocalíptica, encarnada nos vilões mais bizarros. Dos anos 1990 para cá o herói descaracterizou-se visivelmente, aderindo à fórmula pancadaria-perseguições-explosões que domina o cinema de ação atual. Mas tem quem goste.

DVDs

007 Contra Goldfinger (1964)


Ao investigar contrabando de ouro, Bond (Sean Connery) descobre um plano do magnata Auric Goldfinger (Gert Fröbe) para atacar o Fort Knox, onde está depositado todo o ouro dos EUA, e abalar a economia mundial. Primeiro 007 dirigido por Guy Hamilton, conta com a canção interpretada por Shirley Bassey.

 007 Contra a Chantagem Atômica (1965)


Bond (Connery) vai às Bahamas recuperar duas ogivas nucleares roubadas por Emilio Largo (Adolfo Celi, impagável, com um tapa-olho), agente da Spectre. Desmond Llewelyn é o agente Q, criador dos gadgets do herói. Connery estrelou em 1983 um remake de Irvin Kershner, Nunca Mais Outra Vez.

Com 007 Viva e Deixe Morrer (1973)


Pela primeira vez na pele de Roger Moore, Bond vai a New Orleans investigar a morte de vários agentes e enfrenta o megatraficante  Mr. Big (Yaphet Kotto) e seus asseclas, além de se envolver com a taróloga virgem Solitaire (Jane Seymour). A canção-título, de Paul McCartney, foi indicada ao Oscar.

Em 1953, quando criou um personagem inspirado em vários agentes que conhecera ao atuar na inteligência da Marinha Britânica durante a Segunda Guerra Mundial, o escritor e jornalista inglês Ian Fleming (1908-1964) não imaginava semear a franquia mais duradoura (e a segunda mais rentável) do cinema mundial, a de James Bond, o agente 007.

Desde então o agente, vivido por seis atores “oficiais” (Sean Connery, Roger Moore, George Lazenby, Timothy Dalton, Pierce Brosnan e Daniel Craig), protagonizou 23 longas-metragens – sem contar a paródia Cassino Royale (1967) – dirigidos por 15 diretores.

No primeiro filme da série, 007 Contra o Satânico Dr. No (Terence Young, 1962), o insuperável Sean Connery estabeleceu o perfil do herói: um elegante e arguto bon vivant, que não abre mão dos prazeres da vida nem quando está empenhado em salvar o mundo. No mesmo filme, Ursula Andress é o protótipo da bond girl, sexy, ambígua e perigosa. E aparecem também  os prodígios tecnológicos criados pelo agente Q, um dos atrativos da série.

Outra marca registrada é a música, criada originalmente por John Barry, glosada e reaproveitada ao longo das décadas. E as memoráveis canções- -tema: Goldfinger, From Russia With Love, Live and Let Die e tantas outras.

Surgido no auge da Guerra Fria, Bond sublima e ao mesmo tempo ironiza o medo do Ocidente diante de uma ameaça apocalíptica, encarnada nos vilões mais bizarros. Dos anos 1990 para cá o herói descaracterizou-se visivelmente, aderindo à fórmula pancadaria-perseguições-explosões que domina o cinema de ação atual. Mas tem quem goste.

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007 Contra Goldfinger (1964)


Ao investigar contrabando de ouro, Bond (Sean Connery) descobre um plano do magnata Auric Goldfinger (Gert Fröbe) para atacar o Fort Knox, onde está depositado todo o ouro dos EUA, e abalar a economia mundial. Primeiro 007 dirigido por Guy Hamilton, conta com a canção interpretada por Shirley Bassey.

 007 Contra a Chantagem Atômica (1965)


Bond (Connery) vai às Bahamas recuperar duas ogivas nucleares roubadas por Emilio Largo (Adolfo Celi, impagável, com um tapa-olho), agente da Spectre. Desmond Llewelyn é o agente Q, criador dos gadgets do herói. Connery estrelou em 1983 um remake de Irvin Kershner, Nunca Mais Outra Vez.

Com 007 Viva e Deixe Morrer (1973)


Pela primeira vez na pele de Roger Moore, Bond vai a New Orleans investigar a morte de vários agentes e enfrenta o megatraficante  Mr. Big (Yaphet Kotto) e seus asseclas, além de se envolver com a taróloga virgem Solitaire (Jane Seymour). A canção-título, de Paul McCartney, foi indicada ao Oscar.

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