É difícil falar de alguém cuja lenda pairou sobre São Paulo por mais de 50 anos. Quando conheci Roberto Piva, no início dos anos 1960, sua reputação já estava estabelecida. Conheci-o num momento em que éramos os dois jovens, e só o reencontrei em outro momento, quando éramos os dois velhos.
Houve um longo período de ausências a intermediar esses dois momentos em que só ouvia falar dele por meio de outros. Outros que o conheciam, o viam e privavam da sua proximidade. No entanto, Piva, mesmo ausente, permaneceu fundamental na minha vida. Aos poucos anos de convivência com ele e com aquele grupo que se reunia ao acaso no Centro da cidade, pelos bares, ruas e escadarias da Biblioteca Mário de Andrade, devo meus anos de formação.
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