Quando o escritor japonês Kenzaburo Oe faleceu, em março, eu estava dando início à leitura de seu último romance, Adeus, Meu Livro! O volume, que trata de uma despedida, ganhou camada extra de sentido com o desaparecimento de seu autor, aos 88 anos.
Adeus, Meu Livro! é, em certo sentido, o relato de um distanciamento da realidade em direção à literatura, tornado possível pela trajetória do protagonista, Kogito Choko, espécie de duplo ficcional de Kenzaburo Oe, presente em outro livro do ganhador do Nobel, A Substituição ou As Regras do Tagame.
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