Morrer pela pátria e viver sem razão

Os soldados das Forças Armadas são, desde a Independência, treinados para combater um suposto inimigo interno

Desvio. O professor Manuel Domingos Neto mostra por que a Defesa arroga-se o papel de interventora na vida política – Imagem: Cap. Andriely/EB

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Um preocupante consenso de elites ronda a democracia brasileira: o de que as Forças Armadas nada tiveram a ver com a escalada golpista dos últimos quatro anos, cujo ponto culminante foi o terror de 8 de janeiro, em Brasília.

Governo, Judiciário e a maioria do Legislativo irmanados com boa parte da mídia apressam-se em construir orações sem sujeito diante de um histórico de ordens do dia, acampamentos em frente a quartéis e participação de altos oficiais em articulações para desacreditar urnas, instituições e organizações da sociedade. Trata-se de um “passar o pano” amplo e irrestrito, na tentativa de convencer a opinião pública de que, sem os fardados, a legalidade teria ido à breca.

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2 comentários

CESAR AUGUSTO HULSENDEGER 22 de novembro de 2023 11h12
Essa reforma poderia começar pelo fim do art 142 da Constituição e do serviço militar obrigatório, passando pela profissionalizante das Forças. Há de se acabar com essa visão de que ser militar é uma vocação “patriótica”, como se as demais profissões não o fossem. O problema é alterar a visão formada desde 1500…
CESAR AUGUSTO HULSENDEGER 22 de novembro de 2023 11h13
Em tempo: passar pela PROFISSIONALIZAÇÃO das Forças. E pela retirada das Polícias Militares de debaixo das asas do Exército.

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

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