Cultura
Milton Hatoum é eleito para a Academia Brasileira de Letras
O amazonense chega à cadeira 6 com mais de 500 mil livros vendidos e presença em diversos países
O escritor amazonense Milton Hatoum foi eleito nesta quinta-feira 14 para a cadeira 6 da Academia Brasileira de Letras, deixada pelo jornalista Cícero Sandroni, que morreu em junho.
Nascido em Manaus em 1952 e descendente de libaneses, Hatoum é romancista, contista, ensaísta, tradutor e professor universitário. Mudou-se em 1970 para São Paulo, onde se formou em Arquitetura pela FAU-USP, e morou em Paris no início dos anos 80. Entre 1984 e 1998, foi professor de Língua e Literatura Francesa na Universidade Federal do Amazonas.
Em 1989, seu primeiro romance, Relato de um certo Oriente, publicado pela Companhia das Letras, ganhou o Prêmio Jabuti. Posteriormente, foi adaptado para o cinema, sob a direção de Marcelo Gomes.
Em 2000, veio Dois irmãos, publicado também em países como Argentina, Alemanha, China, Espanha, Estados Unidos, Líbano e Sérvia. A obra foi adaptada para o audiovisual como uma minissérie da TV Globo.
Os livros de Milton Hatoum ultrapassaram os 500 mil exemplares vendidos e foram publicados em 17 países.
O autor também trabalhou como colunista em véiculos como os jornais O Estado de S. Paulo e O Globo, o site Terra Magazine e a revista Entre livros. Hatoum publicou também ensaios e artigos sobre literatura brasileira e latino-americana em revistas e jornais do Brasil, da Espanha, da França e da Itália.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.



