Cultura

Maratona transversal

Programação da Virada Cultural vai de Gene Kelly a Django, Cauby e Gil

Em terra e no ar. Mágicos e malabaristas a desafiar o olhar. Foto: Charles Naseh
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VIRADA CULTURAL


Em 114 pontos da cidade de São Paulo


Das 18 horas de sábado 5 às 18 horas de domingo, 6 de maio

Um pouco do brilho que há cerca de 50 anos colocou São Paulo no rol das metrópoles elegantes poderá ser revivido, mesmo que efemeramente, num dos cinemas emblemáticos do Centro. O Cine Olido, hoje Galeria Olido, na Avenida São João, será palco de um ciclo de filmes estrelados por Gene Kelly. O incomparável dançarino americano vai cantar na chuva, dançar às margens do Sena com Leslie Caron, flutuar ao lado de Cyd Charisse, conhecer Nova York com Frank Sinatra e conquistar Judy Garland. A programação integra a Virada Cultural, que entre sábado 5 e domingo 6 vai submergir São Paulo num caldeirão de diversão.

“Gene Kelly é um tema universal. Os musicais fazem muito sucesso e têm capacidade de reunir um público heterogêneo: jovens, velhos, crianças.  A tônica é misturar as pessoas”, define José Mauro Gnaspini, diretor da Virada. “Sempre quisemos trazer de volta os cinemas do Centro. Muitos viraram igrejas, outros, bingos. Mas há um esforço de tombamento, como já ocorreu com o Olido e o Ipiranga. Nesta edição usaremos Olido, Windsor e São José.”

A grande maratona de 24 horas é tecida de modo transversal, a abranger um emaranhado de gostos. No Windsor, o cinema da Boca do Lixo comparece com títulos como O Pornógrafo (1970, de João Callegaro) e A Margem (1969, de Ozualdo Candeias). A pancadaria tem vez


no Dom José, onde fãs poderão curtir filmes como Arrebentando em Nova York (1995, de Stanley Tong), com Jackie Chan. O gênero Spaghetti Western se instala no auditório da Câmara Municipal, em que Django desafia Sartana, entre outros títulos. “Incluir a Câmara


na Virada é uma das novidades desta oitava edição”, diz Gnaspini.

Se em terra multidões se unem para ouvir Gilberto Gil e Titãs, no Palco Júlio Prestes, Ângela Maria, Cauby Peixoto e Arnaldo Baptista, no Teatro Municipal, Raul de Souza e Zimbo Trio,


na República, pelos ares o espetáculo continua. Corpos vão pairar acima da 24 de Maio,  malabaristas ficarão 24 horas a disputar quem melhor desafia as leis do equilíbrio e mágicos não darão trégua a seus truques. “Todo mundo do circo estará na Virada. É importante ter essa expressão cultural na cidade.”

Palco geralmente pouco comentado, frisa o curador, é o reservado aos cabarés. A conferir, Angelique Noir e seu neo burlesque. Os saraus literários, muitos dos quais ativos na periferia, estarão representados. Teatro, comédia em pé, baladas, rodas de samba e de rock,  campeonatos de luta livre, pianistas a tocar erguidos nos ares. “A Virada é muito mais


que um evento cultural, é uma festa em que se cruzam todas as cores”, define Gnaspini.

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Em 114 pontos da cidade de São Paulo


Das 18 horas de sábado 5 às 18 horas de domingo, 6 de maio

Um pouco do brilho que há cerca de 50 anos colocou São Paulo no rol das metrópoles elegantes poderá ser revivido, mesmo que efemeramente, num dos cinemas emblemáticos do Centro. O Cine Olido, hoje Galeria Olido, na Avenida São João, será palco de um ciclo de filmes estrelados por Gene Kelly. O incomparável dançarino americano vai cantar na chuva, dançar às margens do Sena com Leslie Caron, flutuar ao lado de Cyd Charisse, conhecer Nova York com Frank Sinatra e conquistar Judy Garland. A programação integra a Virada Cultural, que entre sábado 5 e domingo 6 vai submergir São Paulo num caldeirão de diversão.

“Gene Kelly é um tema universal. Os musicais fazem muito sucesso e têm capacidade de reunir um público heterogêneo: jovens, velhos, crianças.  A tônica é misturar as pessoas”, define José Mauro Gnaspini, diretor da Virada. “Sempre quisemos trazer de volta os cinemas do Centro. Muitos viraram igrejas, outros, bingos. Mas há um esforço de tombamento, como já ocorreu com o Olido e o Ipiranga. Nesta edição usaremos Olido, Windsor e São José.”

A grande maratona de 24 horas é tecida de modo transversal, a abranger um emaranhado de gostos. No Windsor, o cinema da Boca do Lixo comparece com títulos como O Pornógrafo (1970, de João Callegaro) e A Margem (1969, de Ozualdo Candeias). A pancadaria tem vez


no Dom José, onde fãs poderão curtir filmes como Arrebentando em Nova York (1995, de Stanley Tong), com Jackie Chan. O gênero Spaghetti Western se instala no auditório da Câmara Municipal, em que Django desafia Sartana, entre outros títulos. “Incluir a Câmara


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que um evento cultural, é uma festa em que se cruzam todas as cores”, define Gnaspini.

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