Letras periféricas

As obras produzidas à margem das grandes editoras ganham impulso graças ao maior interesse nos relatos de vozes antes apagadas e à visibilidade propiciada pelas redes sociais

Oralidade. O Sarau Cooperifa, no Jardim Guarujá, em São Paulo, foi um dos lugares onde essa produção floresceu - Imagem: Ricardo Vaz

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Quando indagado sobre em que momento pensou tornar-se escritor, o gaúcho José Falero faz um breve silêncio antes de responder: “Essa é uma pergunta que não faz mais sentido para mim. Escrever se tornou uma ideia natural. Fico pensando por que as pessoas não escrevem”. Nascido na periferia de Porto Alegre, no bairro Lomba do Pinheiro, Falero é autor do romance Os Supridores (Todavia, 2020).

O livro parte de sua experiência no trabalho em um mercado, mas toma caminhos fictícios. Na trama, dois supridores começam a empreender, vendendo maconha. Primeiro, a clientela é formada por colegas, mas, conforme a fama da qualidade do produto se espalha, eles ganham mais clientes e muito dinheiro.

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