A jornalista e escritora Janet Malcolm faleceu nesta quinta-feira 17, aos 86 anos, em decorrência de um câncer de pulmão. A informação foi publicada nas redes sociais por Susan Orlean, que escreveu com Malcolm na revista The New Yorker, e confirmada pela filha da jornalista ao jornal The New York Times.
Malcolm é considerada uma das grandes escritoras americanas de livros de não-ficção do século XX. Nascida em Praga (República Tcheca) e radicada nos Estados Unidos, seu nome junta-se ao dos escritores Gay Talese e Joan Didion como referência em obras associadas ao gênero do jornalismo literário.
No caso de Malcolm, os debates se alongavam pela psicanálise e o processo da escrita jornalística.
Seu livro de maior sucesso é “O Jornalista e o Assassino”, no qual ela discorre sobre a ética da profissão quando um médico condenado por assassinar a esposa e as duas filhas processa o repórter que publicou, posteriormente, um livro com entrevistas feitas com o assassino na prisão.
Outro destaque é o ensaio sobre a escritora Sylvia Plath, descrito no livro “A mulher calada”. Na obra, Malcolm analisou perfis biográficos escritos sobre Plath, que alcançou grande sucesso literário por obras como “A redoma de vidro”.
Em sua carreira de mais de 55 anos, Malcolm teve uma longínqua passagem pela revista The New Yorker, também reconhecida por ser uma publicação com perfis e reportagens que mesclam o jornalismo e a literatura.
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