Cultura
Imagens em combustão
O Festival de Berlim apresenta-se como um painel da arte no pós-pandemia
O novo cartaz do Festival de Berlim, espalhado pela cidade, desperta nos passantes um tipo de nostalgia carinhosa de estar diante de uma grande aventura. São figuras de jovens e velhos, redondos e quadrados, claros e escuros, homem, mulher e diversos, que observam ao serem observados por quem passa, sentados em poltronas de uma sala de cinema. O urso-polar, símbolo de Berlim e marca inconfundível da Berlinale, não está mais à solta, depois de anos a fio circular pela cidade em fevereiro – abstrato, desenhado, fotografado, com óculos ou a balançar nos telhados.
Os novos motivos em azul-vermelho-púrpura, criados pela artista gráfica Claudia Schramke, dirigem-se ao que a diretora administrativa da Berlinale, Mariette Rissenbeek, chama de “centro indispensável de um festival de cinema numa metrópole, o público”, ansiosamente esperado de volta.
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