Cultura
Gilberto Gil é o novo titular de uma cadeira na Academia Brasileira de Letras
O cantor é escolhido uma semana depois de a atriz Fernanda Montenegro obter o mesmo título
O cantor e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil foi eleito o novo imortal da Academia Brasileira de Letras, após votação nesta quinta-feira 11. Gil é o novo titular da cadeira 20, antes ocupada pelo acadêmico e jornalista Murilo Melo Filho, que morreu em maio de 2020.
Gilberto Gil recebeu 21 votos, contra 7 para o poeta Salgado Maranhão e nenhum para o crítico literário Ricardo Daunt. A eleição teve 34 votantes, 4 votaram em branco e 2 anularam.
Natural de Salvador (BA), o artista de 79 anos é celebrado por canções espalhadas por mais de 60 discos, como Refavela, Refazenda e Expresso 2222. Também é autor de livros como a autobiografia Gilberto Bem de Perto (Editora Nova Fronteira, 2013), junto com a jornalista Regina Zappa, e a coletânea Cultura pela Palavra (Versal Editores, 2013), junto ao sociólogo e ex-ministro da Cultura Juca Ferreira.
“Gilberto Gil traduz o diálogo entre a cultura erudita e a cultura popular. Poeta de um Brasil profundo e cosmopolita. Atento a todos os apelos e demandas de nosso povo. Nós o recebemos com afeto e alegria”, disse a Presidência da ABL, em nota.
Segundo o estatuto da ABL, para se candidatar a alguma cadeira é preciso ser brasileiro nato e ter publicado, em qualquer gênero da literatura, “obras de reconhecido mérito ou, fora desses gêneros, livros de valor literário”.
A instituição é constituída por 40 membros efetivos e perpétuos, chamados de “imortais”. Além disso, há 20 correspondentes estrangeiros. Na diretoria, estão o escritor Marco Lucchesi, como presidente, e o jornalista do Grupo Globo Merval Pereira, como secretário-geral.
Na semana passada, a atriz Fernanda Montenegro foi escolhida para ocupar a cadeira 17.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.



