Cultura

Festival online fortalece o protagonismo da música preta independente

Afromusic ocorre de 9 a 11 de abril no formato virtual e apresenta shows de Izzy Gordon, Jup do Bairro, Gê de Lima, Mental Abstrato

Jup do Bairro. Foto: Sérgio Fernandes/Divulgação
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O Festival Afromusic, em sua segunda edição, apresenta artistas e bandas pretas da cena independente. O projeto já foi gravado e irá ao ar nos dias 9, 10 e 11 de abril, sempre a partir das 19h, no canal do YouTube?feature=oembed" frameborder="0" allowfullscreen> Universo Afromusic.

A primeira edição deste evento ocorreu em 2017. Trata-se de um dos poucos voltados exclusivamente à música preta. Agora, em formato on-line, o idealizador e curador do festival, Hever Alvz, explica que, embora, por um lado, se perca a energia entre artista e público, por outro, “se ganha na escuta mais ativa e individualizada do espectador que curte ou vai conhecer um som e o artista”.

Na programação do festival, o trabalho autoral de Izzy Gordon, Biel Lima, Jup do Bairro, Fabriccio, Renato Gama e Gê de Lima. São artistas com linguagens e estéticas bem atuais.

Entre os grupos, Mental Abstrato, com a participação da rapper baiana Mana Bella, o bloco Afro Afirmativo Ilu Inã e o ballet afro Koteban, que faz um resgate ancestral com dança. Por fim, o samba-rock da Nova Malandragem, com trompetista Walmir Gil como convidado.

“Todos eles fazem parte do circuito independente com carreira e disco incríveis já lançados, que muita gente ainda não conhece. Aposto sobretudo no ineditismo. O intuito do festival é reforçar o tom da autenticidade autoral”, diz o curador.

A deputada estadual Erica Malunguinho abre o festival no dia 9, discorrendo sobre o tema “Musica tem cor”. Outras “pílulas de conteúdo” serão tratadas ao longo da programação musical por pesquisadores e artistas: “Música Preta Experimental”, com Felinto, “Pretas Mulheres na Composição”, com Marina Afares, “Música Afrofuturista”, com Melifona, “América Diaspo-Sonora”, com Danielle Almeida, “O Rap é mais que compromisso”, com Daniela Vieira, “Carnaval e organização social preta”, com Fernando Alabê, “Tudo é samba”, com Amailton Azevedo, “Canto ancestral”, com Aloysio Letra, e “Sons de Kemet”, com Salloma Salomão.

Hever Alvz diz que, apesar de o Brasil ser o País no mundo com mais pretos fora da África, eles não se sentem representados no entretenimento musical.

“O Festival se coloca para minimizar a falta de protagonismo preto na indústria. A ideia é criar um novo panorama no mercado da música que ressignifique a inserção e a presença dessas pessoas pretas, que foram e são responsáveis por construir o DNA da música brasileira”, finaliza.

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