Cultura
Extras para a hecatombe
Never Mind the Bollocks, here’s the Sex Pistols Sex Pistols UMC/Universal Por Tárik de Souza Embora filhos do operariado inglês, eles eram literais punks de butique. Batiam ponto na lojinha Let it Rock (rebatizada Sex), de King’s Road, em Londres, da estilista Vivienne Westwood e […]
Never Mind the Bollocks, here’s the Sex Pistols
Sex Pistols
UMC/Universal
Por Tárik de Souza
Embora filhos do operariado inglês, eles eram literais punks de butique. Batiam ponto na lojinha Let it Rock (rebatizada Sex), de King’s Road, em Londres, da estilista Vivienne Westwood e de seu marido, o produtor Malcolm McLaren, onde trabalhava o candidato a baixista da banda, Glen Matlock. Zanzavam por ali, dois outros futuros Sex Pistols, o baterista Paul Cook e o guitarrista Steve Jones, que tentou convencer McLaren – lançador dos pré–punks americanos New York Dolls – a gerenciar a nova banda. Convite só aceito quando o potencial vocalista, John Lydon, foi recrutado na porta da loja por seus cabelos verdes e pelo letreiro na camiseta, Eu odeio Pink Floyd. Entre o início do grupo, em 1975, e seu turbulento final, em 1978, após a morte por overdose do baixista Sid Vicious, substituto de Matlock, a cena musical foi sacudida por uma hecatombe.
Os Sex Pistols só conseguiram gravar Never mind the bullocks, o detonador do movimento punk planetário, após passar por três gravadoras em nove meses, uma delas caricaturada em EMI unlimited edition. Banidos da BBC, proibidos nos palcos da Inglaterra (veto driblado com nomes falsos como The Tax Exiles, The Hamsters, Acne Rabble, um fragmento desses shows incluído no disco), eles foram berrar seus refrões niilistas (No feelings, No fun, Problems) sobre guitarras fumegantes, em Estocolmo, outro dos extras desta edição comemorativa dos 35 anos do lançamento inicial. Petardos como God save the Queen (Deus salve a rainha/ o regime fascista (…) / onde não há futuro/ como pode haver pecado?), Holidays in the sun (um fim de semana barato/ na miséria alheia) e Anarchy in the UK (“eu sou o anticristo/ eu sou anarquista”) dinamitaram os limites da arte. Literalmente.
Never Mind the Bollocks, here’s the Sex Pistols
Sex Pistols
UMC/Universal
Por Tárik de Souza
Embora filhos do operariado inglês, eles eram literais punks de butique. Batiam ponto na lojinha Let it Rock (rebatizada Sex), de King’s Road, em Londres, da estilista Vivienne Westwood e de seu marido, o produtor Malcolm McLaren, onde trabalhava o candidato a baixista da banda, Glen Matlock. Zanzavam por ali, dois outros futuros Sex Pistols, o baterista Paul Cook e o guitarrista Steve Jones, que tentou convencer McLaren – lançador dos pré–punks americanos New York Dolls – a gerenciar a nova banda. Convite só aceito quando o potencial vocalista, John Lydon, foi recrutado na porta da loja por seus cabelos verdes e pelo letreiro na camiseta, Eu odeio Pink Floyd. Entre o início do grupo, em 1975, e seu turbulento final, em 1978, após a morte por overdose do baixista Sid Vicious, substituto de Matlock, a cena musical foi sacudida por uma hecatombe.
Os Sex Pistols só conseguiram gravar Never mind the bullocks, o detonador do movimento punk planetário, após passar por três gravadoras em nove meses, uma delas caricaturada em EMI unlimited edition. Banidos da BBC, proibidos nos palcos da Inglaterra (veto driblado com nomes falsos como The Tax Exiles, The Hamsters, Acne Rabble, um fragmento desses shows incluído no disco), eles foram berrar seus refrões niilistas (No feelings, No fun, Problems) sobre guitarras fumegantes, em Estocolmo, outro dos extras desta edição comemorativa dos 35 anos do lançamento inicial. Petardos como God save the Queen (Deus salve a rainha/ o regime fascista (…) / onde não há futuro/ como pode haver pecado?), Holidays in the sun (um fim de semana barato/ na miséria alheia) e Anarchy in the UK (“eu sou o anticristo/ eu sou anarquista”) dinamitaram os limites da arte. Literalmente.
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