Cultura

Exposição escancara o vazio deixado pela ditadura em familiares de desaparecidos políticos

Exposição que estreia nesta sexta-feira 7, em São Paulo, recria fotografias antigas para revelar a dor de quem ficou

Família Bergson
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De 7 de dezembro a abril de 2013


Arquivo Público do Estado de São Paulo


Rua Voluntários da Pátria, 596 – Estação Tietê – São Paulo

A ausência de uma pessoa querida é algo difícil de ser descrito. Para muitas das famílias de desaparecidos políticos ou assassinados pela ditadura, a aflição da perda foi por muito tempo ampliada pelo sentimento de impotência diante da dificuldade de retratar o vazio deixado dentro de uma família. Para tentar ajudar as famílias a demonstrar esse sentimento, o fotógrafo argentino Gustavo Germano decidiu retratar o pesar e a luta por memória e justiça das famílias de pessoas desaparecidas durante a ditadura brasileira.

Com o objetivo de escancarar a presença mesmo na ausência, Germano propõe um paradoxo estético no qual recria ambientes de fotografias antigas e com os mesmos personagens expõe o vazio deixado pela ditadura nestas famílias.

O garimpo por personagens da época e o mergulho em suas memórias pessoais e álbuns fotográficos levou dois meses, período no qual o fotógrafo Germano rodou o Brasil fotografando familiares de diversos mortos e desaparecidos. Com todo o material coletado, o Projeto Ausências Brasil está pronto para contar, por meio de fotos, a história de 12 desaparecidos brasileiros e cinco argentinos, a partir desta sexta-feira 7.

Nascido na Argentina, a versão brasileira do Projeto Ausências só foi possível graças a um convênio firmado entre Germano, a Agência Livre para Informação, Cidadania e Educação (ALICE) e a Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República.

Agora, o objetivo do fotógrafo é expandir o projeto e fazê-lo percorrer os demais países latino-americanos marcados por ditaduras.

A exposição, que acontece no Arquivo Público do Estado de São Paulo, traz fotos de diversos desaparecidos políticos, entre eles Bergson Gurjão Farias, Luiz Almeida Araújo, Fernando Augusto De Santa Cruz Oliveira, Iuri Xavier Pereira, Alex de Paula Xavier Pereira, Arnaldo Cardoso Rocha, Jana Moroni Barroso, Ana Rosa Kucinski Silva, Devanir José de Carvalho, Virgílio Gomes da Silva, Luiz Eurico Tejera Lisboa e João Carlos Haas Sobrinho.

De 7 de dezembro a abril de 2013


Arquivo Público do Estado de São Paulo


Rua Voluntários da Pátria, 596 – Estação Tietê – São Paulo

A ausência de uma pessoa querida é algo difícil de ser descrito. Para muitas das famílias de desaparecidos políticos ou assassinados pela ditadura, a aflição da perda foi por muito tempo ampliada pelo sentimento de impotência diante da dificuldade de retratar o vazio deixado dentro de uma família. Para tentar ajudar as famílias a demonstrar esse sentimento, o fotógrafo argentino Gustavo Germano decidiu retratar o pesar e a luta por memória e justiça das famílias de pessoas desaparecidas durante a ditadura brasileira.

Com o objetivo de escancarar a presença mesmo na ausência, Germano propõe um paradoxo estético no qual recria ambientes de fotografias antigas e com os mesmos personagens expõe o vazio deixado pela ditadura nestas famílias.

O garimpo por personagens da época e o mergulho em suas memórias pessoais e álbuns fotográficos levou dois meses, período no qual o fotógrafo Germano rodou o Brasil fotografando familiares de diversos mortos e desaparecidos. Com todo o material coletado, o Projeto Ausências Brasil está pronto para contar, por meio de fotos, a história de 12 desaparecidos brasileiros e cinco argentinos, a partir desta sexta-feira 7.

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