Eternos pecados

A Cinemateca Brasileira lembra alguns dos grandes momentos do cinema proporcionados por Nelson Rodrigues

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Nelson Rodrigues 100 anos


Cinemateca Brasileira, São Paulo Até 2 de dezembro

Para constatar a atualidade e força da obra de Nelson Rodrigues, basta recorrer a qualquer calendário cultural. No teatro, seus textos de referência são encenados ao mesmo tempo, caso de Toda Nudez Será Castigada na montagem paulista de Antunes Filho e na carioca da  Companhia Armazém, que roda o País. Também A Falecida é motivo da direção de Marco Antônio Braz, especialista no autor, no Centro Cultural Fiesp, mesmo local de um recente  colóquio sobre Nelson.

Em seu centenário, o dramaturgo é lembrado por fornecer material para grandes momentos no cinema. Alguns deles a Cinemateca Brasileira reuniu até 2 de dezembro num ciclo de nove títulos.

Pode-se iniciar justamente com aqueles melodramas que deram a Leon Hirszman e Arnaldo Jabor inspiração para alguns de seus melhores filmes, em exemplos significativos da representação feminina rodriguiana. São elas, respectivamente, a Zulmira de A Falecida (1965), “esposa atormentada pela culpa de uma transgressão”, e a Geni de Toda Nudez… (1972), “mulher cheia de vida a sucumbir na retaliação mortal de uma família”, na análise do estudioso Ismail Xavier. Em cena, grandes momentos de Fernanda Montenegro e Darlene Glória.

Talvez seja mais propício revisitar os primeiros momentos dessa relação, ainda um tanto  recatada, entre o terreno minado de Nelson e a visão de diretores como Manuel Peluffo em Meu Destino É Pecar (1952), J.P. de Carvalho em Bonitinha, mas Ordinária (1963), Flávio Tambellini em O Beijo (1964) e J.B. Tanko em Engraçadinha Depois dos Trinta (1966), este mais raro, exibido em cópia nova.

 


 

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