Em seu primeiro filme, A Bruxa (2105), que custou 4 milhões de dólares e foi sensação no Festival Sundance, Robert Eggers mostrou a batalha humana entre o puritanismo e o ocultismo na Nova Inglaterra no século XVII. Ele seguiu com O Farol (2019), um pesadelo de sobrevivência surrealista, embebido em maresia, masculinidade tóxica, piadas de peido e socos em polvo. É o tipo de produção que se encaixa à perfeição nos cultos autorais, mas que, geralmente, não inspira os estúdios de Hollywood a dar ao diretor um cheque gordo para criar um sucesso de bilheteria.
O Homem do Norte, o enorme, amalucado e emocionante terceiro longa-metragem de Eggers, em cartaz nos cinemas do Brasil a partir da quinta-feira 12, foi feito pelo preço de várias Bruxas e Faróis. Trata-se de um brutal conto de vingança viking, enraizado na lenda escandinava de Amleth, no qual Eggers aumenta significativamente sua aposta na ação – algo anteriormente presente apenas na luta homoerótica entre os dois faroleiros enlouquecidos vividos por Robert Pattinson e Willem Dafoe.
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