Entre a fantasia e o real, o horror

A escritora Adeline Dieudonné constrói, a partir do olhar infantil e de uma atmosfera opressora, uma trama inesperada sobre os recônditos da violência doméstica

A autora belga ganhou vários prêmios com seu romance de estreia - Imagem: Jean-François Robert

Apoie Siga-nos no

Na nossa casa tinha quatro quartos. O meu, o do meu irmão caçula Gilles, o do meus pais e o dos cadáveres.” É com essa frase que a menina narradora nos atira ao ambiente no qual se passa a inesperada trama familiar de A Vida Real. Os cadáveres eram os animais empalhados caçados por seu pai – entre eles, uma hiena que ela apostava estar viva e cujo riso era até capaz de ouvir. “A morte morava na nossa casa.”

O primeiro romance de Adeline ­Dieudonné, que vive em Bruxelas, foi lançado em 2018 e venceu, naquele ano, vários prêmios literários voltados a livros em língua francesa. Publicado em outros 20 idiomas, ganhou há pouco tempo tradução para o português. O impacto dessa estreia deve-se, muito provavelmente, à atmosfera opressora criada a partir do olhar infantil, no qual real e fantástico, medo e sonho se entrelaçam de maneira original.

Leia essa matéria gratuitamente

Tenha acesso a conteúdos exclusivos, faça parte da newsletter gratuita de CartaCapital, salve suas matérias e artigos favoritos para ler quando quiser e leia esta matéria na integra. Cadastre-se!

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.