Cultura
Em ‘O Festival do Amor’, Woody Allen não se desprende de sua persona cinematográfica
Aos 86 anos, o diretor sabe que o cinema não muda nada. Só oferece abrigo quando o mundo fica inabitável
Woody Allen perdeu parte dos recursos de produção que sempre teve para filmar e a quase unanimidade do público. Ainda bem que não perdeu o bom humor.
Em O Festival do Amor, em cartaz desde a quinta-feira 6, o diretor, mais uma vez, se disfarça e não aparece em cena. A estratégia vem sendo adotada desde 2016, depois que Dylan, sua filha adotiva com a atriz Mia Farrow, reiterou as acusações de que na infância teria sido vítima de abusos sexuais.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.