Desfiles de SP terão enredos sociais, políticos e religiosos. Veja o que assistir

Temas sociais, políticos e religiosos desfilarão pelo Anhembi entre esta sexta-feira 21 e sábado 22

Grupo especial de São Paulo desfila na sexta e no sábado. Créditos: EBC

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As escolas de samba paulistanas prometem desfiles politizados no Sambódromo do Anhembi nesta sexta-feira 21 e no sábado 22. Vários dos enredos das 14 escolas levam à passarela temas sociais, políticos e religiosos. CartaCapital fez uma seleção para que você se programe.

Sexta-feira, 21

Barroca Zona Sul
Primeira escola a pisar na passarela, a Barroca Zona Sul, dos carnavalescos Rodrigo Meiners, Rogério Sapo e Yuri Aguiar, desfilará com o samba-enredo “Benguela, a Barroca clama a ti, Tereza!”, em homenagem a Tereza de Benguela. Ela foi líder do Quilombo de Quariterê, no século 18, localizado no território que hoje corresponde ao Vale do Guaporé, no estado do Mato Grosso. Tereza foi morta pelo Estado em 1770 e representa a luta das mulheres negras, tanto que se instituiu no dia 25 de julho o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

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Tom Maior
A escola entra na avenida com o tema “É coisa de preto”. Para a agremiação, o samba-enredo é afirmativo, por mostrar que a contribuição de negros e negras para a formação da nação vai muito além do estereótipo. O desfile, que tem como carnavalesco André Marins, buscará o reconhecimento para diversos personagens históricos negros, como líderes, estudiosos, escritores, poetas, artistas populares e eruditos, transgressores sociais. “A partir da subversão de uma expressão racista, mostramos que “coisa de preto”, “serviço de preto”, “arte de preto” na verdade são alguns dos pilares essenciais de nossa sociedade, escancarando que ignorante é quem desconhece a verdadeira importância de negros e negras em nossa história”, declarou a escola em seu site.

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Mancha Verde
Quarta escola a entrar no Anhembi, a Mancha Verde terá o enredo “Pai! Perdoai, eles não sabem o que fazem!” em homenagem a Jesus. Segundo a escola, o tema traz a realidade do mundo de guerras, preconceitos e injustiças. Sob o comando do carnavalesco Jorge Freitas, a passagem da Mancha quer promover uma reflexão sobre a humanidade e os atos condenáveis dos homens ao longo da história, relacionando o sofrimento das pessoas com o calvário vivido por Jesus Cristo. “Forçar uma reflexão do verdadeiro sentido da vida e do seu real valor, que não é financeiro, e sim aquele que se constrói na base do amor”, afirmou a escola.

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X-9 Paulistana

Para fechar o primeiro dia de desfile paulistano, a X-9 Paulistana trará para a avenida o tema “Os batuques do Brasil”, que tema ideia de promover uma espécie de viagem pelo País, enaltecendo a batucada das diversas regiões e religiões brasileiras. O carnavalesco da escola é Pedro Magoo.

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Sábado (22)

Mocidade Alegre
Quarta escola a desfilar na passarela, a Mocidade Alegre levará para a avenida o tema “Do canto das Yabás renasce uma nova morada” que exalta a sabedoria, a força e o poder feminino. A partir da exaltação de elementos das matrizes culturais africanas, o samba-enredo provocará uma reflexão, a partir do Canto das Yabás, para que o planeta deixe de ser destruído, bem como os maus pensamentos, sentimentos e atitudes humanas que caminham para o caos. “Um canto de esperança para que a humanidade melhore e retome sua conexão com Olorum – o criador do mundo – e a Terra volte a ser um paraíso. E para conseguirmos tudo isso, precisamos estar preparados para reconhecer a sabedoria, a força e o poder feminino”, declarou a Mocidade. Os carnavalescos são Paulo Brasil, Márcio Gonçalves e Edson Pereira.

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Rosas de Ouro
Para fechar o carnaval de São Paulo, a Rosas de Ouro levará para a avenida o tema “Tempos Modernos”, que abordará a quarta revolução industrial, com reflexões sobre o papel do homem frente às novas tecnologias, como os robôs, e se a criatividade humana, que já foi considerada a máquina mais perfeita, resistirá à época do Big data, internet das coisas, nuvens e impressões 3D. O carnavalesco é André Machado.

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