Cultura

Tulipa Ruiz, com muito esmero

O seu “pop florestal”, como ela denominou, recebeu uma chuva de elogios. É a consagração da solista entre as principais estrelas da nova geração

Tulipa Ruiz, com muito esmero
Tulipa Ruiz, com muito esmero
Tulipa Ruiz, uma das principais vozes da nova geração vicejada em São Paulo
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por Tárik de Souza

Nesta era de descartáveis em penca, foi audacioso o título Efêmera, escolhido para o disco de estreia da cantora autora da cena alternativa Tulipa Ruiz, em 2010. O desmentido ao aposto circunstancial veio sob uma chuva de elogios a seu “pop florestal”, como ela denominou, e a consagração da solista entre as principais estrelas da nova geração vicejada em São Paulo.

Nascida em Santos, criada na mineira São Lourenço, onde integrou o grupo Improviso de Supetão, filha do guitarrista Luiz Chagas, da banda Isca de Polícia, de Itamar Assumpção, com quem participou de shows da Pochete Set, Tulipa dobra a aposta no temível segundo disco, não por acaso intitulado Tudo Tanto. Ela reforma o surrado recurso do vibrato, explora uma extensão desconhecida de sua emissão e viaja por registros ruidosos, como sugere em Cada Voz: Você pode dar um berro/ quem sabe não pinta um eco/ pra te acompanhar?

Tulipa reafirma-se como compositora em (sete) parcerias com o irmão e produtor Gustavo Ruiz, uma delas, a virulenta Víbora, criação coletiva com intervençã de outra estrela da nova Pauliceia, o pós-rapper Criolo. Ilham Ersahin, da banda americana Wax Poetic, divide a autoria do ondulante Like This, onde ela brande a voz entre as cordas de pai e irmão. Lulu Santos injeta sua guitarra slide e vocal no rock saltitante Dois Cafés.

O multi-instrumentista Dudu Tsuda polvilha tecladinhos em várias faixas, a exemplo da circular Quando Eu Achar. O Chocotones, de Kassin e Donatinho, também adorna a voz da cantora (como no clima bossa de Desinibida), ainda eventualmente emoldurada por cordas e madeiras de Jacques Mathias. Produção esmerada, a serviço da artista em movimento de Quando Eu Achar: Paro para procurar/ para me preparar/ para nunca parar.

Tudo Tanto


Tulipa Ruiz


Independente

por Tárik de Souza

Nesta era de descartáveis em penca, foi audacioso o título Efêmera, escolhido para o disco de estreia da cantora autora da cena alternativa Tulipa Ruiz, em 2010. O desmentido ao aposto circunstancial veio sob uma chuva de elogios a seu “pop florestal”, como ela denominou, e a consagração da solista entre as principais estrelas da nova geração vicejada em São Paulo.

Nascida em Santos, criada na mineira São Lourenço, onde integrou o grupo Improviso de Supetão, filha do guitarrista Luiz Chagas, da banda Isca de Polícia, de Itamar Assumpção, com quem participou de shows da Pochete Set, Tulipa dobra a aposta no temível segundo disco, não por acaso intitulado Tudo Tanto. Ela reforma o surrado recurso do vibrato, explora uma extensão desconhecida de sua emissão e viaja por registros ruidosos, como sugere em Cada Voz: Você pode dar um berro/ quem sabe não pinta um eco/ pra te acompanhar?

Tulipa reafirma-se como compositora em (sete) parcerias com o irmão e produtor Gustavo Ruiz, uma delas, a virulenta Víbora, criação coletiva com intervençã de outra estrela da nova Pauliceia, o pós-rapper Criolo. Ilham Ersahin, da banda americana Wax Poetic, divide a autoria do ondulante Like This, onde ela brande a voz entre as cordas de pai e irmão. Lulu Santos injeta sua guitarra slide e vocal no rock saltitante Dois Cafés.

O multi-instrumentista Dudu Tsuda polvilha tecladinhos em várias faixas, a exemplo da circular Quando Eu Achar. O Chocotones, de Kassin e Donatinho, também adorna a voz da cantora (como no clima bossa de Desinibida), ainda eventualmente emoldurada por cordas e madeiras de Jacques Mathias. Produção esmerada, a serviço da artista em movimento de Quando Eu Achar: Paro para procurar/ para me preparar/ para nunca parar.

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