Charlie Watts e Paulo Rafael lembram a imensa contribuição às bandas

O baterista inglês, falecido na terça 24, e o guitarrista brasileiro, morto na segunda 23, são instrumentistas que impuseram diferença

Foto: STAN HONDA / AFP

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O baterista Charlie Watts, do Rolling Stones, morto na terça-feira 24, após anos de luta contra o câncer, era o mais recatado da banda integrada ainda por Mick Jagger, Keith Richards e Ron Wood. Tinha formação jazzística.

Entrou logo no começo da banda inglesa, no início dos anos 1960. Ajudou bastante a dar maturidade ao som do Rolling Stones com batidas firmes e com autoridade, em meio aos riffs de guitarra de Keith Richards e as modulações de voz de Mick Jagger.

Imprimia organização à banda, sem deixar de fazer improvisos desconcertantes, na hora certa e que acabou o tornando eterno em um dos grupos musicais mais importantes de todos os tempos do rock.

 

Paulo Rafael. Foto: reprodução Instagram

O pernambucano Paulo Rafael, que se foi na segunda 23, também vítima de câncer, deu mais relevância à música de Alceu Valença por décadas como instrumentista de sua banda. Impôs com a sua guitarra na melodia de Alceu Valença, de fusões do rock e ritmos nordestinos, importância e imponência.


Tocou com muita gente também aqui no Brasil, mas o destaque foi no Ave Sangria. A banda lançou um trabalho renovador, mas saiu de cena em 1974 depois de apresentar o primeiro álbum, proibido pela censura da ditadura.

O som do Ave Sangria unia um pouco de rock pesado, cultura nordestina e escracho psicodélico, de forma bastante criativa. Paulo Rafael, ao lado de Marco Polo (voz) e Almir de Oliveira (guitarra base), esbanjava vigor naquela cena.

Em 2019, o grupo voltou depois de 45 anos e lançou Vendavais, um dos principais trabalhos musicais daquele ano. Paulo Rafael, de novo, fez toda diferença.

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