O país do futuro. Assim o Brasil foi por muito tempo representado. O futuro aparecia como o horizonte em que as mazelas do passado e do presente estariam remediadas. Cedo ou tarde, o Brasil estaria fadado a tornar-se o que o destino lhe reservava: o país do progresso, do desenvolvimento que, enfim, nos libertaria de nossa trágica herança histórica.
Hoje, a ideia de um futuro promissor para o país do “sonho intenso” não convence mais. O futuro já é o presente e nos revela que, ao menos no curto ou no médio prazo, teremos muito passado pela frente. É nessa complexa trama de temporalidades que navega O Antigo Futuro, o mais recente livro de Luiz Ruffato, um dos mais originais escritores da literatura brasileira contemporânea.
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