Esta música é tão sinistra”, diz a cantora e compositora Natalie Mering, mais conhecida como Weyes Blood. A artista de Los Angeles cria músicas suntuosas e sinuosas que abrangem tudo, da alienação tecnológica ao apocalipse climático. Ela não está, entretanto, falando da própria música, mas dos sons insistentes que jorram de um telão que transmite, na sala ao lado, o funeral da rainha Elizabeth.
Mering havia voado para Londres para promover seu último álbum, And in the Darkness, Hearts Aglow, lançado este mês, e nos encontramos em um hotel na zona leste de Londres no dia do funeral, com as ruas ao redor assombrosamente desertas. A atmosfera no café é estranha e sombria, como se estivéssemos sussurrando uma para a outra nos bancos de trás de uma igreja.
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