Cultura
Brasileiros conquistam Grammy Latino em 10 categorias; veja a lista de artistas premiados
A cantora Liniker levou três estatuetas
A 26ª edição do Grammy Latino, em Las Vegas, nos Estados Unidos, premiou artistas brasileiros em dez categorias na noite desta quinta-feira 13. O prêmio é considerado um dos mais importantes da música e homenageia obras gravadas em espanhol, português ou em dialetos presentes na América Latina, Espanha, Portugal, além da população latina dos Estados Unidos e Canadá.
Ao todo, foram 60 categorias premiadas pela Academia Latina de Gravação. Dezenas de brasileiros estavam indicados, entre eles Joyce Alane, Alcione, Julia Mestre, Marina Sena e o grupo de músicas infantis Palavra Cantada.
Nas categorias principais, abertas a todos os países, Bad Bunny venceu Álbum do Ano com Debí Tirar Más Fotos. A canção do Ano ficou com Karol G por Si Antes Te Hubiera Conocido. Já o troféu de Gravação do Ano foi para Alejandro Sanz com Palmeras en el Jardín.
Os brasileiros premiados
O Brasil foi vencedor em dez categorias. Em três delas, Liniker levou o gramofone dourado, se tornando a artista brasileira com o maior número de estatuetas. Ela, que já contava com um Grammy na carreira, concorria em sete categorias nesta 26ª edição.
No discurso, a cantora e compositora exaltou a representatividade travesti na música. “É um prazer enorme poder vencer em uma categoria em que compositoras são celebradas. Eu escrevo desde meus 16 anos e a escrita, a poesia tem sido a minha maior forma de existência. Ser uma travesti compositora no Brasil que mata a gente é difícil demais”, disse. “Que cada vez mais a nossa história possa ser contada e celebrada como hoje”, completou a artista.
Veja a lista dos brasileiros premiados com o Grammy Latino:
- Liniker, com três troféus — Melhor Álbum de Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa (Caju); Melhor Interpretação Urbana em Língua Portuguesa (Caju); Melhor Canção em Língua Portuguesa (Veludo Marrom);
- João Gomes, Mestrinho e Jota.pê, com um troféu — Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa (Dominguinho);
- Luedji Luna, com um troféu — Melhor Álbum de Música Popular Brasileira/Música Afro Portuguesa Brasileira (Um Mar Pra Cada Um);
- Sorriso Maroto, com um troféu — Melhor Álbum de Samba/Pagode (Sorriso Eu Gosto No Pagode Vol. 3 – Homenagem Ao Fundo De Quintal);
- Baianasystem, com um troféu — Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa (O Mundo Dá Voltas);
- Chitãozinho & Xororó, com um troféu – Melhor Álbum de Música Sertaneja (José & Durval);
- Eli Soares, com um troféu – Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa (Memóri4s Ao Vivo); e
- Hamilton De Holanda Trio, com um troféu – Melhor Álbum de Jazz Latino (Hamilton de Holanda Trio Live in NYC).
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
