Um índice é uma ferramenta esdrúxula: ele nos permite entrar furtivamente em um livro pelo final, economizando o tempo que levaríamos para avançar no texto desde o início. Jonathan Swift, citado por Dennis Duncan em Índice, Uma História do, seu espirituoso e amplo estudo sobre o assunto, compara os leitores que usam esses atalhos a viajantes que entram em um palácio pela latrina.
Em duas outras anedotas, Duncan identifica o índice remissivo como um esconderijo conveniente para acadêmicos traidores. Na década de 1690, uma facção sarcástica da Christ Church, em Oxford, difamou o grande filólogo Richard Bentley imitando um índice que remetia a páginas sobre “sua iminente monotonia” ou “seu relacionamento familiar com livros que nunca viu”.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login