Já se passaram 30 anos desde que o curador Ricardo Rezende teve o primeiro contato direto com a obra de Arthur Bispo do Rosário (1911-1989), interno da Colônia Juliano Moreira, no Rio. Coube a ele, à altura, abrir caixas e manipular peças enormes para uma mostra do artista no Museu de Arte Contemporânea da Universidade São Paulo.
O que espanta Rezende, tanto tempo depois, é o fato de, nas entrevistas que tem concedido para falar sobre Bispo do Rosario – Eu Vim: Aparição, Impregnação e Impacto, aberta no Itaú Cultural, em São Paulo, na quarta-feira 18, ouvir perguntas sobre o trabalho de Bispo ser ou não ser arte.
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