A raiz do mal

O Populismo Reacionário é uma radiografia da ascensão bolsonarista e um alerta sobre o futuro

Não basta tirar a faixa deste senhor - Imagem: Marcelo Camargo/ABR

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O uso do conceito de populismo para analisar personagens e governos da política brasileira não é em si uma novidade. Apenas como exemplo podemos citar a abordagem de Francisco Weffort, que o aproxima da definição marxista de bonapartismo, ainda no fim dos anos 1960. As variações na definição do conceito e seu caráter eminentemente negativo chegaram a resultar em crítica bem-humorada do cientista político César Guimarães, em texto publicado em 2001: “O populismo, que sobre ser tão complexa questão conceitual, é também política popular de que não se gosta”.

Todavia, o populismo nunca foi objeto exclusivo de políticos e cientistas sociais brasileiros. Também o cientista político norte-americano Robert Dahl havia dedicado um capítulo para a discussão em seu Prefácio à Teoria Democrática, de 1956. Com o avanço mundial de personalidades como Donald Trump, Recep Erdogan e Jair Bolsonaro, a preocupação presente na produção intelectual internacional, ao menos desde o fim da Segunda Guerra Mundial, ganhou centralidade como forma de entender as transformações recentes na democracia e explicar a percepção de crise no sistema liberal posterior à queda do Muro de Berlim. É nesse conjunto de esforços que se insere O Populismo Reacionário: ­Ascensão e Legado do Bolsonarismo, dividido em uma introdução, quatro capítulos e conclusão, no qual se faz uma radiografia de como o populismo reacionário chegou ao poder, quais são seus objetivos e quais são as alternativas em um cenário no qual a reeleição pode não acontecer.

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