Qual o papel do humor diante dos absurdos produzidos pela extrema-direita contemporânea? À seriedade do tema não deveria corresponder um tratamento rigoroso e racional, capaz de compreender o fenômeno em vez de torná-lo objeto de escárnio? Ou o humor pode ser um instrumento eficaz para desnudar os despropósitos da direita mais extrema?
São essas questões que nos vêm à mente quando lemos O Presidente Pornô, primeiro romance da jovem poeta mineira Bruna Kalil Othero. Aqui, a visão depreciativa é deliberada e permanente. Em pequenos capítulos, escritos tanto em prosa quanto em poesia, com um pé no presente e outro no passado, Bruna vai revelando aspectos da derrocada recente do “Plazil”, um dos vários neologismos presentes no texto.
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