Cultura

A mulher esfinge

Louise Brooks. Do coração da América para a vida eterna nas telas, um ícone para decifrar

Louise Brooks, do coração da América para a vida eterna nas telas, um ícone para decifrar
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Louise Brooks (1906-1985) é uma esfinge que ainda não se decifrou. Nascida no coração da América (em Cherryvale, Kansas), tornou-se um dos maiores ícones femininos do cinema ao atuar num filme mudo alemão, A Caixa de Pandora (1929), de George Wilhelm Pabst.

Com sua franja preta cobrindo a testa, os penetrantes olhos escuros e a boca insinuante realçada pelo batom, a amoral e inocente Lulu – sua personagem no filme – causou frisson entre homens e mulheres e fixou a imagem da moça petulante e imprevisível dos anos 1920.

Dançarina e showgirl desde os 15 anos, Louise atuou nas Ziegfeld Follies antes de aportar em Hollywood em 1926. Assinou contrato de cinco anos com a Paramount, mas se enfastiou e só cumpriu três. Foi para a Europa, onde estrelou Pandora e outro filme de Pabst, Diário de uma Garota Perdida (1929), e uma produção francesa, Miss Europa (Augusto Genina, 1930).

De volta à Paramount, o estúdio a puniu dublando sua voz na versão sonora de The Canary Murder Case (1930). Apesar de ter trabalhado com diretores como Pabst, Hawks e Wellman, Louise importava-se pouco com a carreira. Rejeitou, por exemplo, o principal papel feminino de Inimigo Público (Wellman, 1931), que ficou com Jean Harlow.

Aposentou-se aos 34 anos e voltou para o Kansas, onde pintava quadros de inspiração oriental e escrevia artigos espirituosos sobre o mundo do cinema. Abriu estúdios de dança, foi colunista de fofocas e até balconista de loja. Nunca mais voltou a um set. Mas sua imagem jamais saiu das telas, seja nas reprises de seus filmes, seja nas inúmeras homenagens e imitações por outras mulheres.

DVDs

A Caixa de Pandora (1929)


As aventuras amorosas e criminais da dançarina e prostituta Lulu (Louise Brooks), amante de um dono de jornal (Fritz Cortner), que se envolve com um agente inescrupuloso. Esta adaptação da peça de Frank Wedekind tornou-se um clássico do cinema mudo alemão e eternizou a imagem de diva de Louise Brooks.

Diário de uma Garota Perdida (1929)


Nesse melodrama de Pabst, com base em romance de Margarete Böhme, Louise Brooks é Thymiane, garota de classe média engravidada por um farmacêutico (Fritz Rasp). Ela se recusa a casar. Tiram-lhe o filho e ela vai para um reformatório. Um conde (André Roanne) a ajuda a escapar, mas a coloca num bordel.

Rua das Lágrimas (1925)


O último filme alemão de Greta Garbo antes de ir para Hollywood é um melodrama ambientado em Viena, na depressão que se seguiu à Primeira Guerra Mundial. Filha de um servidor público que perdeu o emprego, ela cai na miséria e na prostituição, até ser resgatada pelo funcionário da Cruz Vermelha a quem aluga um quarto.

Louise Brooks (1906-1985) é uma esfinge que ainda não se decifrou. Nascida no coração da América (em Cherryvale, Kansas), tornou-se um dos maiores ícones femininos do cinema ao atuar num filme mudo alemão, A Caixa de Pandora (1929), de George Wilhelm Pabst.

Com sua franja preta cobrindo a testa, os penetrantes olhos escuros e a boca insinuante realçada pelo batom, a amoral e inocente Lulu – sua personagem no filme – causou frisson entre homens e mulheres e fixou a imagem da moça petulante e imprevisível dos anos 1920.

Dançarina e showgirl desde os 15 anos, Louise atuou nas Ziegfeld Follies antes de aportar em Hollywood em 1926. Assinou contrato de cinco anos com a Paramount, mas se enfastiou e só cumpriu três. Foi para a Europa, onde estrelou Pandora e outro filme de Pabst, Diário de uma Garota Perdida (1929), e uma produção francesa, Miss Europa (Augusto Genina, 1930).

De volta à Paramount, o estúdio a puniu dublando sua voz na versão sonora de The Canary Murder Case (1930). Apesar de ter trabalhado com diretores como Pabst, Hawks e Wellman, Louise importava-se pouco com a carreira. Rejeitou, por exemplo, o principal papel feminino de Inimigo Público (Wellman, 1931), que ficou com Jean Harlow.

Aposentou-se aos 34 anos e voltou para o Kansas, onde pintava quadros de inspiração oriental e escrevia artigos espirituosos sobre o mundo do cinema. Abriu estúdios de dança, foi colunista de fofocas e até balconista de loja. Nunca mais voltou a um set. Mas sua imagem jamais saiu das telas, seja nas reprises de seus filmes, seja nas inúmeras homenagens e imitações por outras mulheres.

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A Caixa de Pandora (1929)


As aventuras amorosas e criminais da dançarina e prostituta Lulu (Louise Brooks), amante de um dono de jornal (Fritz Cortner), que se envolve com um agente inescrupuloso. Esta adaptação da peça de Frank Wedekind tornou-se um clássico do cinema mudo alemão e eternizou a imagem de diva de Louise Brooks.

Diário de uma Garota Perdida (1929)


Nesse melodrama de Pabst, com base em romance de Margarete Böhme, Louise Brooks é Thymiane, garota de classe média engravidada por um farmacêutico (Fritz Rasp). Ela se recusa a casar. Tiram-lhe o filho e ela vai para um reformatório. Um conde (André Roanne) a ajuda a escapar, mas a coloca num bordel.

Rua das Lágrimas (1925)


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