Cultura

A marca da pantera

Henry Mancini. Pegada jazzística que renovou a música para cinema, estilo leve e irônico, uma combinação fadada ao sucesso

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Henry Mancini (1924-94) gravou mais de 50 discos e participou das trilhas de centenas de filmes e séries de tevê. Ganhou 4 Oscars, 20 Grammys e 2 Emmys. Renovou a música para cinema ao introduzir tonalidades jazzísticas nos arranjos orquestrais tradicionais. Mas seu nome está irremediavelmente associado ao irresistível tema de A Pantera Cor de Rosa.

Mancini nasceu em Cleveland, mas foi criado em West Aliquippa, na Pensilvânia, onde seu pai, imigrante italiano, trabalhava como metalúrgico. Tocou flauta na banda local e frequentou a renomada Juilliard School of Music de Nova York, antes de servir no exército na Segunda Guerra.

De volta à América, entrou como pianista e arranjador na orquestra de Glenn Miller, depois da morte do líder. Acabou trabalhando como arranjador na cinebiografia de Miller feita por Anthony Mann (Música e Lágrimas (1953). O sucesso levou-o a compor para inúmeros filmes da época, entre eles, A Marca da Maldade (1958), de Orson Welles.

O encontro decisivo foi com Blake Edwards, para quem fez a trilha da série de tevê Peter Gun (1958). A parceria renderia obras-primas como Bonequinha de Luxo, Um Convidado Bem Trapalhão e, claro, A Pantera Cor de Rosa, cujo primeiro filme, de 1963, teve uma farta prole de sequências, remakes e desenhos.

O estilo leve e irônico de Mancini combinava com o de Edwards, e também com o de Stanley Donen, para quem musicou Charada, Arabesque e Um Caminho para Dois. Mas sua música também servia à aventura (Hattari, de Hawks) e ao drama (À Margem da Vida, de Paul Newman; Girassóis da Rússia, de De Sica).

 

DVDs

Bonequinha de Luxo (1961)


Escritor (George Peppard) se muda para um apartamento em Nova York e se encanta pela enigmática vizinha Holly Golightly (Audrey Hepburn), que lhe parece sexy e vulnerável. Deliciosa comédia romântica de Edwards, pela qual Mancini ganhou dois Oscars: trilha sonora e canção (Moon River).

Hattari! (1962)


Na África, uma equipe de caçadores captura animais para mandá-los a zoológicos de todo o mundo. A chegada de uma fotógrafa (Elsa Martinelli) de um zoo suíço perturba o chefe do grupo (John Wayne) e desestabiliza o ambiente machista. Mancini só compôs o tema O Passo do Elefantinho, que ficou célebre mundialmente.

Os Girassóis da Rússia (1970)


Neste melodrama de guerra da última fase de Vittorio De Sica, Marcello Mastroianni é um soldado dado como morto no front russo. Sua mulher (Sophia Loren) não se conforma com a sua morte e faz um penoso périplo à sua procura. A trilha de Mancini rendeu uma de suas 18 indicações ao Oscar.

Henry Mancini (1924-94) gravou mais de 50 discos e participou das trilhas de centenas de filmes e séries de tevê. Ganhou 4 Oscars, 20 Grammys e 2 Emmys. Renovou a música para cinema ao introduzir tonalidades jazzísticas nos arranjos orquestrais tradicionais. Mas seu nome está irremediavelmente associado ao irresistível tema de A Pantera Cor de Rosa.

Mancini nasceu em Cleveland, mas foi criado em West Aliquippa, na Pensilvânia, onde seu pai, imigrante italiano, trabalhava como metalúrgico. Tocou flauta na banda local e frequentou a renomada Juilliard School of Music de Nova York, antes de servir no exército na Segunda Guerra.

De volta à América, entrou como pianista e arranjador na orquestra de Glenn Miller, depois da morte do líder. Acabou trabalhando como arranjador na cinebiografia de Miller feita por Anthony Mann (Música e Lágrimas (1953). O sucesso levou-o a compor para inúmeros filmes da época, entre eles, A Marca da Maldade (1958), de Orson Welles.

O encontro decisivo foi com Blake Edwards, para quem fez a trilha da série de tevê Peter Gun (1958). A parceria renderia obras-primas como Bonequinha de Luxo, Um Convidado Bem Trapalhão e, claro, A Pantera Cor de Rosa, cujo primeiro filme, de 1963, teve uma farta prole de sequências, remakes e desenhos.

O estilo leve e irônico de Mancini combinava com o de Edwards, e também com o de Stanley Donen, para quem musicou Charada, Arabesque e Um Caminho para Dois. Mas sua música também servia à aventura (Hattari, de Hawks) e ao drama (À Margem da Vida, de Paul Newman; Girassóis da Rússia, de De Sica).

 

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Bonequinha de Luxo (1961)


Escritor (George Peppard) se muda para um apartamento em Nova York e se encanta pela enigmática vizinha Holly Golightly (Audrey Hepburn), que lhe parece sexy e vulnerável. Deliciosa comédia romântica de Edwards, pela qual Mancini ganhou dois Oscars: trilha sonora e canção (Moon River).

Hattari! (1962)


Na África, uma equipe de caçadores captura animais para mandá-los a zoológicos de todo o mundo. A chegada de uma fotógrafa (Elsa Martinelli) de um zoo suíço perturba o chefe do grupo (John Wayne) e desestabiliza o ambiente machista. Mancini só compôs o tema O Passo do Elefantinho, que ficou célebre mundialmente.

Os Girassóis da Rússia (1970)


Neste melodrama de guerra da última fase de Vittorio De Sica, Marcello Mastroianni é um soldado dado como morto no front russo. Sua mulher (Sophia Loren) não se conforma com a sua morte e faz um penoso périplo à sua procura. A trilha de Mancini rendeu uma de suas 18 indicações ao Oscar.

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