Acontecimentos banais, como andar de bicicleta, ganham ares de excentricidade nas mãos de Deborah Levy. As compras derrubadas no chão, a obra inacabada no seu prédio e a obsessão da madrinha por parasitas hermafroditas servem de matéria-prima para a construção da chamada autobiografia viva, projeto literário da autora sul-africana que tem sua trilogia publicada em conjunto no Brasil.
Lidos na ordem, Coisas Que Não Quero Saber, O Custo de Vida e Bens Imobiliários formam um conjunto coeso, cujo ápice é o terceiro volume. Deborah, branca e judia, cresceu sob o Apartheid. Seu pai foi preso por fazer oposição ao regime e, ao ganhar a liberdade, exilou-se com a família na Inglaterra.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login