Cultura

A estrela da vez

Com O Mapa e o Território, Michel Houellebecq faz uma sátira ao mundo das artes de Paris

unityuyrrttue5
Apoie Siga-nos no

por Renato Pompeu

O Mapa e o Território


Michel Houellebecq


Record, 400 págs, R$49,90

Se boa parte dos intelectuais brasileiros entra em êxtase quando algum colega estrangeiro critica o Brasil, também boa parte dos intelectuais e artistas franceses gosta quando é satirizada por algum deles próprios. Assim se explica o êxito crítico inusitado do romance O Mapa e o Território, do polêmico escritor Michel Houellebecq, agora lançado no Brasil pela Record.

Com esse livro, Houellebecq, acostumado a sucessos de vendas com seus textos, até então, por muitos críticos, considerados de mau gosto, até escatológicos, conseguiu em 2010 o sacrossanto Prêmio Goncourt, embora tenha sido acusado de apresentar como seus trechos da Wikipédia. Trata-se de uma sátira ao mundo das artes de Paris, com a citação de personagens reais, até mesmo do próprio autor, apontado como bêbado e fedorento.

Desta vez, não há cenas de sexo patológico, mas a descrição da trajetória de um grande nome do grand monde que começou como fotógrafo de lugares constantes dos mapas do Guia Michelin. Se esse romance, o mais ambicioso de Houellebecq, pode não ter alcançado o status almejado de aferição do atual “estado das coisas” na França, sua repercussão atingiu plenamente o objetivo.

por Renato Pompeu

O Mapa e o Território


Michel Houellebecq


Record, 400 págs, R$49,90

Se boa parte dos intelectuais brasileiros entra em êxtase quando algum colega estrangeiro critica o Brasil, também boa parte dos intelectuais e artistas franceses gosta quando é satirizada por algum deles próprios. Assim se explica o êxito crítico inusitado do romance O Mapa e o Território, do polêmico escritor Michel Houellebecq, agora lançado no Brasil pela Record.

Com esse livro, Houellebecq, acostumado a sucessos de vendas com seus textos, até então, por muitos críticos, considerados de mau gosto, até escatológicos, conseguiu em 2010 o sacrossanto Prêmio Goncourt, embora tenha sido acusado de apresentar como seus trechos da Wikipédia. Trata-se de uma sátira ao mundo das artes de Paris, com a citação de personagens reais, até mesmo do próprio autor, apontado como bêbado e fedorento.

Desta vez, não há cenas de sexo patológico, mas a descrição da trajetória de um grande nome do grand monde que começou como fotógrafo de lugares constantes dos mapas do Guia Michelin. Se esse romance, o mais ambicioso de Houellebecq, pode não ter alcançado o status almejado de aferição do atual “estado das coisas” na França, sua repercussão atingiu plenamente o objetivo.

ENTENDA MAIS SOBRE: ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.