Cultura
A ágora do tempo presente
O Leão de Ouro no Festival de Teatro da Bienal de Veneza coroa os 30 anos de trajetória da diretora brasileira Christiane Jatahy, radicada na Europa
Mbali, uma criança negra, caminha em direção à câmera. Seus olhos parecem atravessar a tela grande no Teatro alle Tese, na abertura do espetáculo O Agora que Demora, nos projetando em outras mitologias, pessoais e coletivas. O público da 50ª edição do Festival de Teatro da Bienal de Veneza ainda não sabe, mas está prestes a embarcar numa máquina do tempo.
Esse mergulho é capitaneado pela diretora brasileira Christiane Jatahy que, feito Caronte, o barqueiro do inferno, nos pede algo para realizar a travessia. E o que ela nos pede não é uma moeda para os mortos, mas um ato de fé, uma aposta na reinvenção. “Se meu trabalho tem um objetivo, é o de transformar”, disse ela, ao receber, no domingo 26, o Leão de Ouro da Bienal de Veneza.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.